Campainhas de alarme
A contração da indústria relojoeira suíça acentuou-se em Dezembro, com uma quebra de 5,4 por cento em valor face ao mesmo mês de 2023. No acumulado de 2024, a redução foi de 2,8 por cento, comparado com o ano anterior.
Em volume, a redução foi de 9,4 por cento, um total de 15,3 milhões de unidades, ou 1,6 milhões menos do que em 2023.
Quanto a Portugal, que não aparece nos 30 principais mercados de destino dos relógios suíços em Dezembro, está em 29ª posição no acumulado do ano, uma quebra de 7,1 por cento face a 2023.
As quebras na exportação relojoeira suíça devem-se sobretudo ao comportamento negativo nos mercados da China e Hong Kong, que contam para mais de 20 por cento do valor total.
No ano recorde de 2023, as exportações relojoeiras suíças atingiram 26,7 mil milhões de francos (China e Hong Kong representando 25 por cento), quando o ano de 2024 fechou com apenas 25,9 mil milhões (China e Hong Kong representando 20 por cento). O mercado dos Estados Unidos é hoje o principal destino, em valor, da relojoaria helvética.
Segundo várias fontes do sector, os níveis de stokes nos pontos de venda, especialmente na Ásia, mas também na Europa, estão muito elevados. E as fábricas estão a abrandar, por isso, a produção.
Os sinais de alarme fazem-se ouvir mais uma vez – estaremos perante uma das cíclicas crises da indústria relojoeira ou, como vaticinam alguns, a questão é, desta vez, mais estrutural que conjuntural?
As edições mensais estão disponíveis aqui ou aqui. Siga-o no Instagram, aqui. Ou no Facebook, aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário