Júlio Mesquita, relojoeiro, residente em Chaves, disse que há dois anos foi procurado na sua oficina por Carlos Alberto Vilela e outro, Militão, que o convidaram a entrar para o PCP e ele acedeu e começou a receber os jornais Avante! e Militante que lhe eram entregues ora pelo Militão, ora pelo Vilela. Ele assume a sua qualidade de militante, de organizar na sua casa reuniões onde os camaradas discutiam assuntos do partido e pernoitavam. Estava ligado a Militão e a outros camaradas da organização e distribuía vários jornais comunistas pelos outros camaradas que conseguira catequizar: António Pavão, Mário Serra, Armir Alves, Augusto Vaz, todos residentes em Chaves 416.i
416 “Auto de perguntas”, 17 de Fevereiro de 1944, Processo PVDE nº 278/43, Vol. IV, p. 100.
Júlio Mesquita, relojoeiro, responsável pelo "escalão" de Chaves. O Vilela apresentara-lhe o Militão, tendo-se realizado uma reunião clandestina na sua residência. Distribuiu muitas vezes propaganda comunista a altas horas da noite pelas ruas de Chaves.
Citado em O sindicalismo português entre 1933 e 1974:orientações políticas e estratégicas do Partido Comunista Português para a luta sindical, Maria Filomena Rocha Lopes, Tese de Doutoramento, História (História Contemporânea), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012
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