Às palhas do presépio de Belém
Ó venturosas palhas de Belém,
Que hoje a Deos menino agasalharam,
Como em fogo d'amor não se abrazaram
Com as divinas chamas, que em si tem ?
Pastores, que gozaram tanto bem,
Como d'estas palhinhas se apartaram?
Ou como a ellas logo não tornaram
Por gozar do que os Anjos sempre vem ?
Deixai, pastores, já, deixai o gado,
Tornai a este cordeiro, que ficou
Nas palhas de Belém desamparado.
Que, pois que lá do Ceo por nós baixou,
Bem he que de vós seja acompanhado
Cá nestas palhas frias, que acceitou.
Frei Agostinho da Cruz
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
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