(imagem Agência Espacial Europeia)
Está previsto para amanhã, 21 de Abril, no Centro Espacial
Kennedy da NASA, na Flórida, o lançamento de um foguetão SpaceX Falcon 9, que
levará consigo um delicado e inédito instrument científico da Agência Espacial
Europeia, o Atomic Clock Ensemble in
Space (ACES).
O destino é a Estação Espacial Internacional e o objetivo da
missão é a exploração das fronteiras da física fundamental, medindo o tempo em
órbita com precisão nunca antes experimentada.
O ACES será montado no módulo exterior Columbus da Estação
Espacial Internacional e as suas experiências visam medir as diferenças de
tempo, comparado com a Terra.
Desde 1915, com a teoria da relatividade geral de Albert
Einstein, sabe-se que o tempo não é o mesmo em todos os lugares: desacelera
perto de um objeto massivo, a ponto de parar na fronteira de um buraco negro.
Na Terra, o tempo passa mais rápido no cume de uma montanha
do que no seu sopé. Mas o chamado "efeito Einstein" é, neste caso, infinitesimal.
Torna-se, no entanto, cada vez mais importante, à medida que se mede o tempo cada
vez mais longe do planeta.
Sistemas de posicionamento por satélite, como o GPS ou o Galileo, devem levar isso em consideração para fornecer uma posição precisa. Os seus relógios atómicos, orbitando a uma altitude de 20 mil quilômetros, batem diariamente 40 microssegundos mais rápido do que os da Terra. Veja aqui, aqui ou aqui.
O objetivo do projeto ACES é melhorar a medição deste
"deslocamento gravitacional" para duas casas decimais, para atingir
uma precisão de um milionésimo de segundo.
Saiba mais aqui.

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