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sábado, 2 de outubro de 2021

Retalho multimarca - tempos difíceis

Editorial Outubro

O fim do retalho multimarca?

O segmento industrial dos relógios topo de gama sofrerá importantes modificações geográficas, de circuitos comerciais e segmentos de consumidores nos próximos 5 anos, à medida que recupera dos choques pandémicos e abraça novas formas de fazer negócio. A previsão é de um estudo conjunto de The Business of Fashion e da McKinsey & Company, dedicado a Relógios & Jóias, num horizonte temporal de 2021 a 2015.

Os lucros serão transferidos dos retalhistas para os fabricantes de relógios, à medida que os modelos de negócio directos ao consumidor vão ganhando importância, enquanto o mercado em segunda mão passará a ser o segmento com crescimento mais rápido no sector. Os players de mercado para o nível médio serão os mais prejudicados, sofrendo pressões de todos os lados.

Durante décadas, o retalho offline tem sido praticamente o único canal de vendas da indústria relojoeira, com os retalhistas multi-marca a monopolizarem o relacionamento com o cliente final. Mas, com os consumidores a exigirem melhores experiências de compra online e as marcas a procurarem margens mais elevadas, os fabricantes aumentarão os seus canais directos ao consumidor, prevendo-se que, até 2025, cerca de 2,4 mil milhões de dólares de lucros sejam transferidos dos retalhistas para as marcas.

Relógios & jóias, combinados, representam segundo a McKinsey, vendas anuais de mais de 329 mil milhões de dólares – 280 mil milhões para a jóias, 49 mil milhões para os relógios. Além disso, o sector tem representado, ao longo de séculos, a preocupação humana em criatividade, estatuto, simbolismo e auto-afirmação.

Com a crise pandémica, as jóias perderam entre 10 a 15 por cento do volume de negócios, sendo de 25 a 30 por cento a quebra nos relógios. Este sector do luxo tem sido dos últimos a aderir à transição digital, com as vendas online a representarem apenas13 por cento do mercado das jóias e 5 por cento do dos relógios. O consumo durante viagens – parado durante a pandemia – representava 30 por cento tanto para jóias como relógios. Os mercados internos serão a prioridade, principalmente a China.

O valor global do retalho joalheiro deverá crescer de 8 a 12 por cento por ano até 2025. Já o dos relógios, deverá ficar entre os 1 e os 3 por cento.

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