À procura da perenidade no luxo
Vintage e nostalgia
Fernando Correia de Oliveira*
O ano de 1969 foi o mais importante do século XX em termos de relojoaria. Primeiros cronógrafos automáticos, primeiro relógio na Lua, primeiro relógio de quartzo, tudo ocorreu há precisamente meio século, quando até parecia que o relógio mecânico ia morrer. Não só resistiu, como é hoje mais procurado do que nunca. Mas não é para saber as horas… [...]
[...] Se os seus pais lhe derem um iPhone ou um smartwatch quando acabar o liceu, o que sobrará deles quando sair da universidade? Nada. Pois é. Um gadget fica fora de moda, está ultrapassado, avaria sem concerto possível, ao fim de meses, anos no máximo. Um relógio mecânico de pulso, por mais antigo que seja, tem sempre vida longa, seguramente de mais de 100 anos, se mantido como deve ser, será cúmplice de bons e maus momentos de gerações, terá sempre histórias que contar e recordar.
Ora, património e perenidade inter-geracional levam a outra componente do verdadeiro luxo – é aquilo que, de valor, material ou sentimental, ou ambos, tem possibilidade de ser reparado. E um relógio mecânico pode ser sempre reparado. Trazê-lo no pulso é um sinal de personalidade, para si e para os outros. Até dá horas, mas estas estão hoje, mais exactas do que nunca, disponíveis nos “relógios de bolso” de tipo novo – os telemóveis.
*Jornalista e investigador da área do Tempo
Leia o artigo completo aqui.
Alguns dos relógios de que falamos
Zenith El Primero
TAG Heuer Monaco
Seiko 5 Speed-Timer
Omega Speedmaster
O Seiko QuartzAstron de 1969. Em baixo, a edição comemorativa
Em cima e em baixo, Audemars Piguet Royal Oak
Patek Philippe Nautilus
Em cima e em baixo, Rolex Daytona
Rolex GMT Master II
Montblanc 1858 Geosphere
Sem comentários:
Enviar um comentário