[...]
A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é um ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal. [...]
Fernando Pessoa, Mensagem
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
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1 comentário:
Que ilusões tina Pessoa
no que toca a Portugal:
o seu poema ressoa
a fado da capital!
JCN
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