O que não vai até romper o dia, a aurora!
As mesas de jantar na cidade e na aldeia,
à luz das velas, ou à luz de uma candeia,
Entre risadas de crianças e cristais
(De que me chegam até mim só ais, só ais!).
Dois milhões de almas e outros tantos corações,
Ponde de parte ódios, torturas, aflições,
Que o mal suaviza e faz adormecer o vinho:
São todas em redor de uma toalha de linho!
António Nobre, (1867 - 1900)
2 comentários:
Presentemente o Natal
não tem credos nem nações:
é pretexto universal
para estreitar relações!
JCN
O Natal da tua altura,
meu doce Nobre, deixou
de ter aquela moldura
que teus versos inspirou!
JCN
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