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domingo, 4 de dezembro de 2011

Assaltos a ourivesarias - a solução pode estar num "chuveiro" de ADN


Os assaltos a joalharias, ourivesarias e relojoarias são uma espécie de praga que se tem espalhado por toda a Europa nos últimos 10 anos - o elevado preço que o ouro está a atingir, a mobilidade das quadrilhas internacionais e a relativa facilidade do assalto (artigos de pequenas dimensões, segurança muitas vezes descurada) serão as principais razões.

Em Portugal, poucos têm sido os pontos de venda que, nos últimos anos, escaparam imunes a este fenómeno. Os números conhecidos falam de um aumento de 30 por cento das ocorrências no primeiro semestre de 2011, face a idêntico período do ano passado.

A situação em Espanha ou na Suíça também se tem agravado. Em França, onde se registaram 88 assaltos à mão armada em 2005, ocorreram já em 2011 mais de 350 só a ourivesarias/joalharias/relojoarias.

Surge agora uma resposta a esta vaga, ensaiada desde há dias no centro comercial Rosny 2, situado em  Rosny-sous-Bois (Seine-Saint-Denis), nos arredores de Paris. Os pontos de venda de objectos em ouro desse centro estão equipados com um marcador químico de ADN, fabricado pela companhia britânica SmartWater.

Esse marcador permite dissuadir o ladrão e aumentar a taxa de sucesso na sua captura. Se resultar no centro comercial, poderá vir a ser adoptado por toda a França.

Trata-se de um produto incolor e inodoro. Quando o ladrão entra na loja, um marcador químico de ADN é projectado sobre ele. Totalmente inofensivo, o produto fica na pele durante seis meses no mínimo e não sai com o banho.

Em caso de detenção de suspeitos, a polícia efectuará testes de ADN. Se o marcador acusar, através de raios ultra-violeta, é porque "ali há ladrão". Cada loja tem um marcador específico e único, pelo que não há enganos possíveis.

Na Grã-Bretanha, a julgar pelos números fornecidos pela SmartWater, o método tem dado grandes resultados, com um a redução espectacular dos delitos, alguns na ordem dos 94 por cento.

O marcador químico de ADN e todo o processo foram validados pela CNIL (Comissão nacional de informática e de liberdades, o equivalente à portuguesa Comissão Nacional de Protecção de Dados).

Em Portugal, onde funciona desde há meses uma comissão mista de polícias para estudar o problema dos assaltos a ourivesarias, talvez os exemplos britânico e francês pudessem ser estudados e... aplicados.

3 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Para apanhar um ladrão
há montões de ratoeiras:
o que falta sãomaneiras
de a polícia esquadrinhar
dos políticos a acção,
em termos de corrupção,
sem deixá-los escapar!

JCN

Justa Causa disse...

Essa é uma boa notícia.
Não abundam as boas notícias ultimamente.
Pelo que essa é uma notícia duplamente boa!

Justa Causa disse...

Essa é uma boa notícia.
Não abundam as boas notícias ultimamente.
Pelo que essa é uma notícia duplamente boa!