O J12 RM será oficialmente apresentado só dentro de um mês, na Baselworld, em Basileia, a maior feira do mundo do sector relojoeiro e joalheiro, mas trazemos-lhe aqui em primeira mão algumas imagens e o desenho do revolucionário calibre, concebido pelo mestre relojoeiro Giulio Papi.
Trata-se de um turbilhão, com gaiola às 9 horas. O desafio que a Chanel tinha lançado a Papi era o de fazer um relógio absolutamente simétrico, fazendo desaparecer a coroa. E tudo partiu daí. A coroa está embebida no mostrador e, mediante uma ligeira pressão, sobe. Mediante outra ligeira pressão, desce e prende.
Mas, com a coroa a limitar o movimento normal dos ponteiros, como resolver a questão? O das horas, mais curto, consegue passar sem problema, mas e o dos minutos?
Papi, um dos grandes relojoeiros conceptuais da actualidade, socorreu-se da sua base técnica bem sólida. Numa complicação inédita, faz com que o ponteiro dos minutos avança normalmente até aos 10 minutos. Depois, nos dez minutos seguintes (o espaço ocupado pela coroa, às 3 horas), torna-se retrógrado. Leva 10 minutos a andar para trás, mas o utilizador pode sempre ver a hora certa, já que há um disco no mostrador (às 6 horas, munido de lupa) que passa a funcionar nesse período, indicando dos 11 aos 20 minutos. Passado esse tempo, o disco pára e o ponteiro dos minutos volta a andar para a frente, a partir do outro lado da coroa, marcando o minuto 21, o 22...
O calibre, com dois tambores de corda e autonomia para dez dias, tem platina e pontes em cerâmica, bem como a caixa, de 47 mm. No mostrador, além das horas e dos minutos, há o disco de leitura analógica dos dez minutos e um indicador de Reserva de Corda.
A coroa tem as funções normais de uma coroa: serve para acertar os ponteiros e para dar corda. Essas duas funções são comandadas accionando, respectivamente, um de dois botões verticais, também eles embutidos na caixa.
É, pois, de forma bem relojoeira que a Chanel comemora o décimo aniversário do J12, um modelo que já se tornou um ícone no design contemporâneo e que, agora com o RM, estabelece novos limites.
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