Relógio da paixão
Um segundo é uma hora
e uma hora é um segundo
no relógio da paixão.
Não há tempo nesse tempo.
Quem ama nunca sabe
as horas que são.
E as horas também não sabem
onde os amantes estão.
No relógio da paixão
O tempo pára, retrocede, avança.
Não está parado nem está
em movimento.
Está perdido, mas não está perdido.
Como tu, que amas, apenas dança.
Álvaro Magalhães, (Porto, 1951), poeta e escritor infantil
sábado, 26 de dezembro de 2009
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