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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Coisas do Ephemera - Santo António não pregou só aos peixes... também falou com as rãs...

Ilustração no Almanaque de Santo António para 1901, no acervo do Arquivo Ephemera, no seu Núcleo do Tempo.

Fernando de Bulhões (1195? - 1231), nascido em Lisboa, tomou o nome de António quando entrou para a Ordem Franciscana. Com dons de oratória extraordinários, estudou Teologia nos mosteiros de São Vicente de Fora (Lisboa) e Santa Cruz (Coimbra). 

Depois de uma passagem pelo Marrocos, vai para Itália. Em 1224, por indicação de São Fancisco de Assis, ensina Teologia na Universidade de Bolonha. É enviado depois para França, onde leciona nas universidades de Toulouse, Montpellier e Limoges.

Em Montpellier, em plena zona de influência do movimento cátaro, luta contra a heresia e aprende a falar a língua d'oc ou falar occitânio. A hagiografia antoniana refere que, nessa cidade, estando a dar aulas aos seus confrades, o ruído do coaxar de rãs num lago vizinho o incomodou. Saiu, invectivando-as para que se calassem. E as rãs ficaram de imediato mudas. Até hoje, dizem os locais, as rãs desse lago adjacente ao mosteiro franciscano de Montpelier terão ficado em silêncio, à espera que Santo António, Doutor da Igreja, lhes indique que já podem voltar a coaxar.

Suetónio relata, na vida de Augusto, o caso maravilhoso do jovem Octávio que manda calar as rãs que coaxavam junto à casa de campo do seu avô. Desde então, acrescenta o historiador, nunca mais se ouviu o coaxar de rãs naquele lugar. O silenciar de rãs é também um episódio recorrente na vida de outros santos.

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