O luxo é uma indústria
Fernando Correia de Oliveira
Como referimos mais adiante, numa reportagem sobre uma cimeira ocorrida em Lisboa, o sector do Luxo emprega directamente 2,1 milhões de trabalhadores na Europa. Representa 10 por cento das exportações da União.
A LVMH, além de liderar o luxo mundial, é a maior empresa europeia. O luxo é um enorme embaixador da Europa, da sua história, cultura, tradição, valores. Se o grupo LVMH lidera a nível mundial, com presença na Relojoaria, com marcas como TAG Heuer, Bulgari, Zenith ou Louis Vuitton, o grupo Richemont tem o mais valioso portefólio em alta relojoaria – de Cartier a Van Cleef & Arpels, passando por Jaeger-LeCoultre, A, Lange & Söhne, IWC, Panerai ou Vacheron Constantin. Mas, do ponto de vista da capacidade industrial instalada, com a actividade quase totalmente verticalizada, é o Swatch Group quem lidera a nível mundial, com marcas que vão da Breguet à Tissot, passando pela Omega, Longines e muitas outras.
De 1 a 7 de Abril de 2025, Genebra terá o maior salão relojoeiro alguma vez realizado na cidade – o Watches & Wonders terá 60 marcas presentes, um recorde. Desde as gigantes independentes Rolex, Patek Philippe ou Chopard, até às marcas dos grupos LVMH ou Richemont.
Já nos interrogámos várias vezes sobre isto – o Swatch Group, apesar de convidado, nunca aceitou em participar. A justificação seria o facto de, sendo um grupo eminentemente industrial, não estar virado para salões…
Só que a indústria onde o Swatch Group se movimenta é o luxo. E a não presença no Watches & Wonders, sem alternativa de comunicação equivalente que se veja, parece-nos inexplicável.
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