sábado, 30 de novembro de 2024
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Anuário Relógios & Canetas 2025 - lançamento a 12 de Dezembro, na Sociedade de Geografia de Lisboa
A 28ª edição do Anuário Relógios & Canetas, respeitante a 2025, será lançada a 12 de Dezembro na Sociedade de Geografia de Lisboa.
Simultaneamente, serão conhecidos os distinguidos no Grande Prémio de Relojoaria 2024, iniciativa única em língua portuguesa.
Como sempre, um evento que será a festa de todo um sector e do seu mais antigo título.
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Coisas do Ephemera - catálogo de leilão de relojoaria em 1956
Coisas do Ephemera. Catálogo do leilão de relojoaria levado a cabo em 1956. Com 32 páginas, inclui fotos de fraca qualidade de algumas das peças que foram à praça. Vai para o Núcleo do Tempo do maior arquivo privado do país.
Já em História do Tempo em Portugal (2003), tínhamos feito referência a este leilão:
A 9 de Junho de 1956, a leiloeira Soares & Mendonça
levava à praça, em Lisboa, uma “invulgar colecção de relojoaria antiga”, cerca
de 200 peças, entre relógios de caixa alta, de parede, de mesa, de coche e de
bolso. Trata-se do maior leilão de peças relojoeiras de que temos conhecimento
a partir da segunda metade do século XX ocorrido em Portugal. Não nos foi
possível determinar se as peças provinham de uma única colecção ou se o leilão
era composto do espólio de vários donos.
De entre tantos exemplares valiosos e interessantes, como
Breguet, Patek Philippe ou Le Roy, podemos destacar um relógio de sala,
monumental, “Thwaites & Reed – Klerkenvill – Londres”, com carrilhão e dez
melodias diferentes, executado especialmente para Portugal, pois as indicações
estavam escritas em inglês e português.
Nos de bolso, havia um, assinado “Bt.ª dos Reis – Porto”, um exemplar masculino e outro feminino “Domingos Tara – Lisboa”, um “Lorimier – Porto”, um “J. Bte. Vielette Eorto de La Reine – à Lisbonne” e um “G. de Beefe – Lisboa”, todos feitos em Portugal, por artífices nacionais ou estrangeiros aqui estabelecidos.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Meditações - hora a hora passa o dia...
I
Sim, farei...; e hora a hora passa o dia...
Farei, e dia a dia passa o mês...
E eu, cheio sempre só do que faria,
Vejo que o que faria se não fez,
De mim, mesmo em inútil nostalgia.
Farei, farei... Anos os meses são
Quando são muitos-anos, toda a vida,
Tudo... E sempre a mesma sensação
Que qualquer coisa há-de ser conseguida,
E sempre quieto o pé e inerte a mão...
Farei, farei, farei... Sim, qualquer hora
Talvez me traga o esforço e a vitória,
Mas será só se mos trouxer de fora.
Quis tudo — a paz, a ilusão, a glória...
Que obscuro absurdo na minha alma chora?
II
Farei talvez um dia um poema meu,
Não qualquer coisa que, se eu a analiso,
É só a teia que se em mim teceu
De tanto alheio e anónimo improviso
Que ou a mim ou a eles esqueceu...
Um poema próprio, em que me vá o ser,
Em que eu diga o que sinto e o que sou,
Sem pensar, sem fingir e sem querer,
Como um lugar exacto, o onde estou,
E onde me possam, como sou, me ver.
Ah, mas quem pode ser quem é? Quem sabe
Ter a alma que tem? Quem é quem é?
Sombras de nós, só reflectir nos cabe.
Mas reflectir, ramos irreais, o quê?
Talvez só o vento que nos fecha e abre.
III
Sossega, coração! Não desesperes!
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
2-8-1933
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha
e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.)
Lisboa: Ática, 1973 (4ª ed. 1993). - 76.
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
domingo, 24 de novembro de 2024
sábado, 23 de novembro de 2024
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Meditações - os rigores do momento e do espaço
Será o presente um lugar do qual ninguém deve tentar escapar? Se assim for, parece-me tristemente parecido com uma prisão. Às pessoas que vivem aqui e agora recomendo a terapia da imaginação. Talvez se viva igualmente bem noutro tempo e noutra realidade, diferentes dos rigores do momento e do espaço que no imediato nos dizem respeito. Só será ficção científica não querer viver no aqui e no agora para quem tiver na ciência da realidade a certeza da ausência da ficção.
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Grande Prémio de Relojoaria - vote no seu preferido
Participe no Grande Prémio de Relojoaria. Escolha o relógio preferido, entre aqueles que passaram à shortlist da iniciativa organizada pelo Anuário Relógios & Canetas. O mais votado será o vencedor na modalidade Escolha do Público. Tem até à meia-noite de 11 de Dezembro. Vote aqui.
Meditações - o presente e a realidade
Se há pelo menos três tipos de tempo diferentes, existentes no passado, no presente e no futuro, por que tem de ser entregue ao segundo o monopólio de viver na realidade?