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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Do que se vai falar em 2024

Editorial Janeiro

Do que se vai falar em 2024

De diamantes naturais e artificiais. Seguindo a tendência de marcas do grupo LVMH ou da Pandora, o grupo belga Baunat redefine o luxo ao lançar Vlaquère, uma colecção de jóias com diamantes de laboratório, tão brilhantes quanto os seus congéneres fabricados há milhões de ano pela Natureza. “Os diamantes naturais ou de laboratório são ambos excelentes escolhas, por razões diferentes”, explicam os donos da empresa. “Os primeiros apresentam riqueza histórica e são um investimento duradouro. Os segundos, conseguem dar o brilho dos primeiros, dentro de um orçamento mais razoável”. Em última análise, ambas as opções são impossíveis de distinguir em termos de brilho, beleza e sentimentos que provocam. Um diamante é um diamante, e a escolha é inteiramente pessoal, defendem. Com as pressões ambientais e de direitos humanos a condicionarem cada vez mais a actividade mineira, pode chegar-se à conclusão de que os diamantes naturais, afinal, não são tão eternos quanto os artificiais.

De e-commerce e patentes de monitorização de saúde e bem-estar. Multas à Rolex e à Apple. A primeira, domina na relojoaria mecânica tradicional. A segunda, na geração smartwatch. A Rolex foi multada em 91,6 milhões de euros pela autoridade francesa da concorrência, por proibir ilegalmente que os distribuidores vedam Rolex online. Será que a marca vai ceder, primeiro no mercado gaulês, e depois em todo o mundo, disponibilizando online os seus relógios? A Apple viu dois dos seus modelos mais recentes serem proibidos de venda no mercado norte-americano, numa altura crítica natalícia. A decisão partiu de um tribunal, que considerou ter a marca violado patentes respeitantes a saúde (medidor de oxigénio no sangue). A Apple responde ainda por outros casos de alegado desrespeito de patentes, todos na área da monitorização da saúde e bem-estar.

Do futuro da Farfetch. Fundada em 2008 pelo português José Neves, tinha por objectivo liderar o mercado global das compras online. Quase que implodiu e foi salva, para já, pela injecção de 500 milhões de dólares, ao ser adquirida pela Coupang, empresa sul-coreana, fundada em 2010, por Bom Kim, um estudante de Harvard. A crise na Farfetch já está a ter repercussões em Portugal, onde a empresa tem subcontratado soluções digitais para os seus clientes, um portefólio com as mais importantes marcas de luxo do mundo.

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