Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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quinta-feira, 5 de outubro de 2023

No Dia da República, uma viagem, do Tiro da Politécnica aos tiros do Adamastor

O Relógio da República identifica e contextualiza quais as mudanças estruturais que o novo regime trouxe, há 123 anos, ao quotidiano do tempo nacional. Duas, essencialmente – a adesão ao sistema internacional de Fusos Horários, por um lado; a introdução em plena Guerra Mundial do regime de Hora de Verão e de Hora de Inverno, por outro.

Pelo meio, ficam personagens que ditaram os últimos dias da Monarquia em termos de tempo colectivo – os relojoeiros Veríssimo Alves Pereira e Augusto Justiniano de Araújo; ou marcadores da hora dos lisboetas, como o Balão do Arsenal ou o Tiro da Politécnica.

Ou ainda figuras revolucionárias, como um jovem relojoeiro suíço, Giuseppe Fontana, que trouxe para Portugal o ideário socialista, a visão cooperativa das comunidades de relojoeiros da sua terra natal. Ou Mendes Cabeçadas, que comandou a partir do Adamastor, e coordenando-se pelo seu Longines de bolso, os tiros decisivos contra o Palácio das Necessidades, a 4 de Outubro de 1910.

Do novo regime, saía reforçado o papel do Observatório Astronómico de Lisboa como emissor único do tempo oficial português, que está prestes a terminar, ou a implantação do Relógio da Hora Legal, ao Cais do Sodré, que nunca funcionou como devia.

O Relógio da República é editado pela Âncora

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