A Universal Genève tem as suas raízes em 1894, fundada em Le Locle, Suíça, por dois estudantes de relojoaria, Numa Descombes e Ulysse Perret. Os seus tempos de glória são os anos 1940 a 1970, quando dominou no mundo dos cronógrafos (com o célebre Tri-Compax), colaborou com a Hermès ou com as linhas aéreas escandinavas, teve modelos desenhados por Gerald Genta, forneceu calibres à Zenith.
Com a crise do quartzo, nos anos 1970, a marca ressentiu-se
fortemente. Desde 1989 pertence ao grupo chinês Stelux, que detém outra marca
suíça, a Cyma. Houve uma tentativa de relançamento da Universal Genève na
Baselworld de 2001, mas sem sucesso. Teoricamente, tanto ela como a Cyma, com
grandes tradições no mercado português, continuam a existir, mas quase apenas
como marcas registadas, sem actividade conhecida.
Acabam de chegar ao Núcleo do Tempo do Arquivo Ephemera dois
desdobráveis, sem data, respeitantes à Universal Genève, impressos na suíça. Um
deles, significativamente, está em Português. E diz respeito ao seu mais icónico
modelo, o Tri-Compax, que continua a ser bastante valorizado no mercado
vintage.
O Tri-Compax tem origem em 1944, quando aparece na Feira de
Basileia desse ano, assinalando o meio século da marca. Com janela às 12 horas
para as fases de lua, tem data analógica (por ponteiro) e dia e mês digitais
(por janela). Como o prospecto indica, é um calendário completo. Além disso, é
um cronógrafo de carga manual, de roda de colunas, capaz de medir tempos
intermédios até 12 horas. Teve caixas de vários tamanhos, desde os 36,5 mm,
feitas de aço ou de ouro.
O Tri-Compax deve o seu nome aos três tipos de funções de
que dispõe – calendário, cronógrafo, fases de lua.
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