Estivemos por estes dias em Braga, a convite da Escola de Ciência da Universidade do Minho. E fizemos uma palestra sobre gnomónica na Basílica dos Congregados (Oratorianos). Antes, falou Nuno Crato, Professor Catedrático no ISEG Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa e ex-ministro da Educação, que interveio sobre a geometria e astronomia dos relógios de sol.
O evento ocorreu no âmbito da programação da Semana da Ciência e Tecnologia da Escola de Ciências da UMinho. O evento foi o culminar de um programa que juntou vários estudantes dos ensinos básico e secundário para celebrar a Semana da Ciência e Tecnologia. Em conjunto com o Planetário – Casa da Ciência em Braga, a Escola de Ciências da Universidade do Minho apresentou três dias de programação, proporcionando aos alunos a oportunidade de participar numa série de atividades em ambiente laboratorial, estimulando o interesse e o prosseguimento de estudos em áreas científicas e tecnológicas.
Este ano, o programa desenrolou-se em torno da temática Sol/Tempo e incluiu oficinas pedagógicas e palestras. Os estudantes dividiram-se entre as instalações do Planetário e da Escola de Ciências para refletir, por exemplo, sobre o tempo geológico e a importância da luz na vida das plantas, para aprender como medir a temperatura de uma estrela ou até para conhecer os astros através de uma sessão de planetário imersivo digital. A edição de 2021 terminou com um desafio aos alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, através do lançamento de um concurso de relógios de sol, que foi apresentado logo após as palestras na Basílica dos Congregados (ver o final deste post).
A 23 de Março de 2007, os CTT levavam a cabo o lançamento do livro Relógios de Sol, da autoria de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira, com fotos de Jorge Correia Santos
No prefácio dizia-se:
Em tempos não muito
longínquos, os relógios de Sol eram instrumentos comuns que pautavam a vida das
populações. Nas igrejas, nos solares e nas praças públicas, o tempo era marcado
pelas sombras que o Sol paulatinamente arrastava sobre os mostradores de pedra.
Mesmo depois da difusão dos instrumentos mecânicos, os relógios de Sol eram
usados para acertar esses aparelhos. Continuavam a ser peças comuns, consultadas
pelos transeuntes.
Hoje, contudo, os relógios de Sol são instrumentos esquecidos. Subsistem
nas paredes de igrejas, em jardins e museus. Poucos continuam a ser usados. Faltam-lhes
os ponteiros, estão desalinhados ou têm as marcações carcomidas pelo tempo. Mas
quando são de novo olhados com cuidado, revelam segredos de um passado de beleza,
de tranquilidade, de engenho.
No presente livro, apresentamos uma mostra de alguns dos mais representativos e bonitos exemplares sobreviventes no nosso país. Falamos da sua gesta, vamos à procura dos primeiros instrumentos de que há memória, descrevemos alguns em pormenor. Os relógios de Sol são um mundo de história, de astronomia, de técnica e de arte.
Não procedemos a um levantamento completo dos relógios sobreviventes no país — e agradecemos a todos que conheçam instrumentos aqui omissos que no-lo transmitam.[1] Mas apresentamos uma selecção bastante rica, em que procuramos mostrar exemplares dos vários tipos e épocas, dando assim uma ideia da riqueza e variedade de instrumentos existente no nosso país.
Explicamos também o essencial sobre a história destes instrumentos, desde
os exemplares mais antigos que se conhecem aos mais recentes e mais
sofisticados. Descrevemos o seu funcionamento, com simples mas indispensáveis
referências astronómicas e geométricas. Mostramos como se podem construir estes
aparelhos. Esclarecemos como se podem ler as horas num relógio solar e
convertê-las em horas legais. Para isso, descrevemos a origem e fundamento do
sistema de referência horária internacionalmente adoptado.
Os relógios de Sol são um mundo. Um mundo de ciência, de história e de arte. Abrimos aqui uma pequena porta para esse universo, esperando que o leitor se fascine, como nós, pelo mundo de luz e de sombras dos relógios de Sol.
Texto que escrevemos sobre o livro, publicado na Revista dos CTT:
Quando e como começaram os homens e mulheres que habitaram o
território a que hoje chamamos Portugal a “pensar” o Tempo, a ter dele
consciência, a medi-lo?
Terá sido no Neolítico final e começos da Idade do Cobre
(3000-2500 a.C.) que surge a magnífica, exuberante, misteriosa cultura
megalítica – esse grande arco que terá por cenário praticamente a totalidade
dos territórios a que hoje designamos por Portugal, Espanha, França, Irlanda,
Dinamarca, Grã-Bretanha e Alemanha.
Aos nossos dias chegaram conjuntos monumentais, pedras
enormes, colocadas umas sobre as outras, umas ao lado das outras, mas
especialmente orientadas – antas ou dólmenes, menires, cromeleques, que os
especialistas associam a espaços sagrados, a monumentos funerários, mas também
à surpreendente função de marcadores do tempo.
Portugal é especialmente rico nesses conjuntos, nomeadamente
no Alto Alentejo, na Beira Baixa, no Minho. Os cromeleques (conjuntos de
menires) de Vale de El-Rei ou Fontaínhas Velhas (Móra), dos Cuncos
(Montemor-o-Novo), Couto da Espanhola (Idanha-a-Nova), Portela de Mogos ou
Almendres (Évora), de Xarez (Reguengos de Monsaraz) são disso esplêndidos
exemplos, estudados na sua orientação e função.
O que mais surpreende os especialistas é que essa orientação
se repete, durante aproximadamente dois milénios, em todo esse arco de cultura
megalítica, das planícies hoje alentejanas às montanhas hoje britânicas. Os
monumentos megalíticos estão todos dirigidos para o quadrante situado entre
nordeste e sudeste, ou seja, para os pontos de amplitude máxima e mínima do
nascer do Sol ao longo do ano.
Apesar de ainda haver muito a estudar sobre o verdadeiro
papel desempenhado por estes alinhamentos megalítcos, poderá dizer-se que os
primeiros calendários “portugueses”, autênticos relógios de sol, ainda e sempre
prontos a funcionar, a indicar equinócios e solstícios, datam de há cinco mil
anos.
Em 218 a.C. o exército romano entra pela primeira vez na Península Ibérica. Com a rendição da cidade de Gades, em 206 a.C., termina o domínio cartaginês do território. O esmagamento definitivo da resistência autóctone ocorre apenas em 44 a.C.
Instaurada a Pax Romana, o processo de romanização é avassalador,
provocando nas sociedades ibéricas mudanças económicas, sociais e culturais
profundas, que duraram até hoje (língua, ordenamento básico do território,
através de grandes vias de comunicação e fundação ou solidificação de agregados
urbanos, etc.).
Numa sociedade organizada, com fluxos comerciais e ritmos
das urbes processando-se em rede e com elevado grau de sofisticação, há uma
correspondente necessidade de alguma padronização na medição do tempo.
Os primeiros relógios de sol terão entrado no território que
é hoje Portugal através da conquista romana. Mas é grande a raridade e escassez
de referências a esse tipo de artefactos. Deste período, foram encontrados até
hoje alguns exemplares, como um, em barro, em Conímbriga; um, de quadrante
esférico, proveniente da vila romana da Herdade da Olivã, Campo Maior, junto à
fronteira espanhola; ou um fragmento, em pedra, no teatro romano de Lisboa e
outro, também em pedra, na vila de Freiria (S. Domingos de Rana, Cascais).
Mas o exemplar mais interessante, até porque o único
rigorosamente datado e aquele que alguma controvérsia tem gerado, é um que não
foi até hoje descoberto mas cuja existência está documentada numa inscrição.
Estamos a referir-nos a uma lápide romana, de 16 a.C.,
trazida de Idanha-a-Velha por um antigo Conservador do Museu Etnológico
Português (hoje Museu de Arqueologia). Diz-nos Leite de Vasconcelos, em 1915,
que se tratava da mais antiga inscrição romana no espólio do museu (4).
Nela se lê “(h)orarium”, e, segundo ele, poderá ter figurado num edifício
construído de raiz para albergar um relógio de sol, na praça ou “forum” da
capital dos Igaeditani. A norte do Tejo, a hoje Idanha-a-Velha (Civitas
Igaeditanorum), a capital da Igitânia, revelou-se como o centro romano mais
rico em inscrições latinas (mais ou menos 200), traduzindo a importância da
urbe nas rotas comerciais da região no século I da nossa era.
A inscrição, uma das mais antigas que se conhecem em
território da Lusitânia, diz-nos que um tal Q. Iallius Augurinus mandou
construir, à sua custa, um “(h)orarium” (relógio), que ofereceu à cidade de
Igaeditanis.
De qualquer modo, os relógios públicos serão de uso comum no
início do século II ibérico, regulando a vida e o trabalho nas cidades
lusitanas. A prova disso é que até uma pequena cidade operária como a de
Metallum Vipascence (Aljustrel), no Alentejo, devia ter pelo menos um. Graças a
uma das célebres tábuas encontradas nesse local e que contêm o regulamento
mineiro da localidade, sabemos que ali existiam umas termas, mas à disposição
dos habitantes a horas fixas: as mulheres podiam usá-las desde o nascer do sol
e até à sétima hora, os homens a partir da oitava hora do dia. Tudo isso
marcado pela sombra projectada do Sol num quadrante, através de um espigão, ou
gnómon.
A queda do Império Romano, e a ocupação da Ibéria pelos
povos bárbaros, provoca também a “desorganização” do tempo social, que volta a
pulverizar-se localmente a pautar-se mais pelos ritmos agrícolas do que pelas
horas do dia. Nem a ocupação islâmica vem alterar esse quadro – os pilares
religiosos do islamismo, ao contrário dos do cristianismo, não exigem um tempo
rigoroso.
Os relógios de sol voltam a reaparecer em Portugal com a Reconquista, trazidos pelas comunidades monásticas que, agora elas, se encarregavam de dar um ordenamento político-social ao território. Muitos desses exemplares já desapareceram, deitados para o lixo, destruídos, vendidos para o estrangeiro. E ainda hoje não se descobriu nenhum exemplar claramente datado no chamado período Românico.
No Renascimento, os relógios de sol ganham “mobilidade” e
aparecem os primeiros dípticos, compostos por uma base com bússola, para os
orientar, e uma tabela na parte superior, onde se podia ler a hora solar em
várias cidades europeias. Há alguns exemplares desse tipo em Portugal,
possivelmente importados do grande centro de fabrico de instrumentos
científicos da época, a cidade de Nuremberga.
Embora haja, naturalmente, relógios de sol mais antigos, o
que hoje se encontra no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, é o que se descobriu
até agora com a data mais remota. Encontra-se num pátio, sobre uma base de
alvenaria coberta com azulejos setecentistas e possivelmente não foi esta a sua
primeira instalação. Assinado “FPL 1586”, dá-nos o nome do autor e o ano do
fabrico. Tem três quadrantes – um horizontal, um vertical, meridional, sem
declinação e um equinocial, setentrional.
Ao descrever relógios de sol, muitas vezes se referem “quadrantes solares”, tomando a parte pelo todo, já que o “mostrador” de um relógio de sol tem o nome específico de quadrante. Além disso, emprega-se muitas vezes o vocábulo “meridiana” para indicar indiferenciadamente relógios de sol. No entanto, uma meridiana, no sentido exacto do termo, é um relógio de sol que tem por função marcar apenas o momento do zénite solar num determinado local, e está normalmente associado a um mecanismo sonoro (geralmente um pequeno canhão) que entra em acção exactamente ao meio-dia solar (o chamado tempo verdadeiro).
Meridianas, em Portugal, estão detectadas pelo menos cinco,
todas em palácios que já foram residências reais. A do Palácio Nacional da
Ajuda, a do Palácio Nacional de Mafra, a do Paço da Rainha (actual Academia
Militar), a do Palácio Nacional de Queluz e a do Palácio Nacional de Sintra.
De notar que, devido à sua forma rectangular estreita e à
maneira como se orienta (Norte/Sul), o território de Portugal tem uma leitura
do tempo solar relativamente uniforme: a variação entre a costa e o interland não chega a uma hora e a
maioria da população está junto ao mar, praticamente à mesma longitude. Por
outras palavras, o meio-dia solar marcado em Sagres, Lisboa, Porto ou Viana do
Castelo, varia em apenas alguns minutos.
O tempo de glória dos relógios de sol é o século XVIII e
estes objectos passam a inserir-se nos espaços de habitação e de lazer da
nobreza e da burguesia, geralmente como objectos de grande aparato decorativo
de um Barroco pujante.
Em Portugal, isso ocorre com D. João V, que manda equipar
palácios, mosteiros e conventos com novos relógios de sol (fez o mês o com
relógios mecânicos, como os de Mafra).
A ciência da gnomónica vai sendo, também em Portugal,
teorizada, e ao longo dos séculos XVII e XVIII são publicados vários tratados
onde se ensina a construção dos vários tipos de relógios de sol. Os seus autores
– essencialmente religiosos, são padres jesuítas ou teatinos.
Com o final do século XVIII começam a esboçar-se, também em Portugal, os primeiros sinais de industrialização. E, com isso, muda a relação da sociedade com o Tempo. Os relógios mecânicos, de torre, ganham cada vez mais importância, mas ainda são muito inexactos, e os relógios de sol servem para os acertar, pelo menos uma vez por dia, quando o Sol atinge o zénite.
Em Lisboa e Porto, em meados do século XVIII, aparecem
meridianas em pontos altos destas cidades – Castelo de São Jorge ou Escola
Politécnica, no primeiro caso, Torre dos Clérigos, no segundo – assinalando a
tiro de canhão o meio-dia solar. O autor desses relógios de sol (mecanismos
sofisticados, com autonomia para disparo de até oito dias) foi Veríssimo Alves
Pereira. Essa maneira sonora de assinalar o tempo nas duas principais cidades
portuguesas perdurou até à primeira década do séc. XX.
Um dos últimos relógios de sol a desempenhar uma função
pública geral de marcador do tempo foi o que esteve colocado até no Cais do
Sodré, em Lisboa. Em 1875 foi apeada para dar lugar à estátua do Duque da
Terceira que ainda hoje lá está. Mas nesse mesmo Cais do Sodré (sinal da
importância do local para a actividade comercial da capital, especialmente com
o estrangeiro) viria a ser colocado o relógio (mecânico) da Hora Legal.
A “morte” do relógio solar ocorre, por um lado, devido à
precisão cada vez maior do relógio mecânico, que se torna também cada vez mais
portátil; por outro, devido à universalização do tempo, provocado pelo avanço
das comunicações e dos transportes.
Mas tem-se assistido nos últimos anos a um renovado
interesse pela gnomónica. Os relógios de sol voltam a reaparecer em lugar de
destaque em espaços e edifícios públicos e privados, já não tanto pela sua
função de marcador do Tempo, mas antes pela poesia perene que traduzem, no seu
diálogo directo com os ciclos da Natureza, e pelas formas belas e inovadoras
que continuam a apresentar.
RELÓGIOS DE SOL
Um relógio de Sol mede o tempo e é, possivelmente, o mais antigo instrumento científico que se conhece. A sua construção baseia-se no facto da sombra de um objeto se mover à medida que o Sol, durante o dia, faz aparentemente um percurso de Este para Oeste.
CONCURSO de Relógios de Sol
· Pretende-se incentivar a observação crítica e criativa do mundo que nos rodeia, num espírito de colaboração entre alunos e professores, em articulação com o território e a comunidade social envolvente das escolas.
REGULAMENTO
Concurso promovido pela ECUM destinado a alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, em Portugal.
1. Objetivos
O Concurso visa os seguintes objetivos:
a) Estimular a curiosidade pelo Sol, não só como estrela central do sistema solar e como fonte de energia, mas também como elemento essencial à marcação de ciclos reguladores da vida.
b) Integrar o contributo de várias disciplinas escolares, cujos currículos se articulam com a temática dos relógios de Sol: matemática, física, biologia, geologia, geografia, história (incluindo a história das Matemáticas e a da Arte), filosofia, literatura e ofícios.
c) Fomentar o conhecimento dos alunos quanto à perceção da hora, num determinado lugar da geografia terrestre, através da posição do Sol, bem como a aprendizagem do movimento dos astros, da radiação solar, das sombras e da interpretação de ângulos de inclinação e projeções.
d) Desenvolver, nos alunos, o conhecimento de factos científicos subjacentes à construção, à história e ao funcionamento dos relógios solares.
2. Modalidades
O Concurso desenrola-se em duas modalidades, nomeadamente de “Memória” e de “Construção”.
Cada grupo de professores deverá escolher as melhores estratégias para o envolvimento dos seus alunos e incentivar a competição interna entre turmas. Privilegiar-se-á a realização de trabalhos de acordo com um espírito multidisciplinar.
· MEMÓRIA
Nesta modalidade do Concurso recuperam-se imagens e
histórias, localizam-se e estudam-se relógios de Sol.
Um aluno ou um grupo de alunos (até 3 elementos) deverá encontrar um relógio de Sol, identifica-lo, fotografá-lo e estudá-lo em colaboração com um ou mais professores da sua escola.
· CONSTRUÇÃO
Nesta modalidade do Concurso, um grupo de alunos (de, pelo menos, 3 elementos) constrói um protótipo funcional de um relógio de sol, seja de tipologia horizontal, vertical ou equatorial. Este protótipo deve obedecer às seguintes normas:
a) A única fonte de iluminação do relógio de Sol deve ser a própria radiação solar; não podendo ser utilizadas quaisquer outras fontes de energia elétrica, térmica, luminosa ou dispositivo eletrónico.
b) A tipologia do relógio, assim como a dimensão, os materiais, as cores e o desenho usados na sua conceção e construção é de escolha livre, sendo privilegiada a reutilização de materiais.
Cada escola poderá submeter 1 protótipo por cada ano de escolaridade procedendo, se se justificar, a uma seleção interna dos trabalhos realizados.
3. Disposições Gerais
O Concurso
1) é aberto a todos os alunos de Escolas do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, públicas ou privadas, em Portugal.
2) divide-se em duas modalidades:
Memória. Cada Escola poderá submeter, mediante as regras anteriormente definidas, qualquer projeto resultante da identificação de um relógio de Sol.
Construção. Cada Escola poderá submeter um protótipo de relógio de Sol, por cada ano de escolaridade. Os protótipos premiados pelo júri poderão ser integrados numa exposição de trabalhos submetidos, mediante as condições e possibilidade de transporte.
3) A receção de trabalhos a Concurso encerra no final do 2.º período letivo, isto é, 5 de abril de 2022.
4. Apresentação dos Trabalhos
MEMÓRIA
Nesta modalidade, os candidatos submetem a Concurso, dois elementos:
· uma memória descritiva do projeto onde
i. se identifica o relógio e respetivo enquadramento histórico (máx. 500 palavras)
ii. se apresentam fotografias do relógio e do respetivo contexto físico (máx. 8 fotos, em formato .jpg, com definição de 300 dpi)
iii. se relata o seu estado de conservação e o funcionamento (máx. 250 palavras)
iv. se define a tipologia do relógio e se analisa o seu funcionamento (máx. 500 palavras) e respetivos esquemas interpretativos (máx. 6 imagens, em formato .jpg com definição de 300 dpi)
v. se inclui uma ficha técnica do trabalho (identificando-se escola, turma, professores, alunos, disciplinas envolvidas e respetivo contributo)
· um poster/painel síntese (máx. A1), a entregar em formato .pdf
CONSTRUÇÃO
Nesta modalidade, os candidatos submetem a Concurso um protótipo de relógio de Sol cuja apresentação se faz através de três elementos:
· uma memória descritiva do projeto incluindo
i. a descrição da tipologia do relógio e a análise do seu funcionamento (máx. 500 palavras) e respetivos esquemas interpretativos (máx.6 imagens, em formato.jpg com definição de 300 dpi)
ii. registo dos materiais utilizados e das estratégias de envolvimento dos alunos na construção do relógio de Sol, bem como comentários sobre o resultado obtido (máx 250 palavras)
iii. uma ficha técnica do trabalho (identificando-se escola, turma, professores, alunos, disciplinas envolvidas e respetivo contributo)
· registos do funcionamento do protótipo incluindo
i. uma tabela com as leituras feitas num dia de Sol, a cada hora no período de tempo entre as 9h e as 18h & comparando a hora solar indicada no protótipo com a hora local
ii. o envio de uma das seguintes opções
A) 1 fotografia correspondente a cada hora (total de 10 fotografias, em formato .jpg com definição de 300 dpi), devendo estar visível ou indicada a hora local
B) 1 vídeo (duração máxima de 20 segundos), compilando a totalidade das horas e devendo ser visível ou indicada a hora local
· um poster/painel síntese (máx. A1), a entregar em formato .pdf
5. Submissão dos Trabalhos
Apenas serão aceites a Concurso trabalhos sobre relógios de Sol que
i. cumpram com a totalidade dos documentos enunciados no ponto 4. deste Regulamento
ii. incluam uma declaração de cedência de direitos de exibição (anexo I), devidamente preenchida e assinada.
iii. sejam inéditos.
A submissão dos projetos é feita pela Escola, através do envio obrigatório dos elementos descritos no ponto 4. deste Regulamento.
6. Critérios de Avaliação
MEMÓRIA
Nesta modalidade, os trabalhos aceites serão avaliados, numa escala de 0 a 20 valores, de acordo com os seguintes critérios:
i. Identificação da tipologia do relógio e seus atributos (máx. 4 valores)
ii. Enquadramento histórico e físico do exemplar identificado (máx. 4 valores)
iii. Rigor e profundidade do estudo
desenvolvido (máx. 4 valores)
iv. Capacidade de comunicação escrita
e gráfica (máx. 4 valores)
CONSTRUÇÃO
Nesta modalidade, os trabalhos aceites serão avaliados, numa escala de 0 a 20 valores, de acordo com os seguintes critérios:
i. Desempenho do protótipo de relógio de Sol, através da sua precisão horária (máx. 4 valores)
ii. Clareza e correção da explicação científica do funcionamento do relógio (máx. 4 valores)
iii. Criatividade técnica e estética na conceção e na decoração (máx. 4 valores)
iv. Tipo de materiais utilizados na elaboração do protótipo, valorizando-se o uso de materiais reaproveitados ou de baixo impacto ambiental (máx. 4 valores)
v. Multidisciplinaridade incorporada no protótipo (máx. 4 pontos)
7. Prazos
Envio/submissão dos projetos: até 5 de abril de 2022
Divulgação dos resultados do Concurso: final do ano lectivo 2021/22
Entrega de Prémios e exposição dos melhores relógios de Sol: Durante a semana de 24 de novembro de 2022, em local a designar oportunamente.
8. Composição e Competências do Júri
A) O júri é composto por
· Presidente: Suzana Nápoles (FCULisboa).
· Nuno Crato (ISCTE, Lisboa), Hernâni Gerós & Elfrida Ralha (ECUMinho), Miguel Bandeira (ICS, UMinho), João Cabeleira (EAA, UMinho), Armando Malheiro (FLUPorto), Fernando Correia de Oliveira (Investigador em Tempo e Relojoaria).
B) Cabe ao júri verificar a conformidade formal e substantiva dos trabalhos submetidos.
C) O júri apreciará os trabalhos e designará os mais bem pontuados.
D) As escolas concorrentes serão todas informadas dos resultados, por correio eletrónico.
E) O júri reserva-se o direito de atribuir classificações ex-aequo, assim como não considerar vencedores; reserva-se ainda o direito de atribuir menções honrosas.
F) Das decisões do júri não haverá qualquer recurso.
9. Prémios
1.º e 2.º Prémios em cada uma das modalidades, a serem oportunamente divulgados.
Direitos de Autor e Utilização de Imagem
· As escolas participantes são autoras e detentoras dos direitos dos trabalhos a Concurso. Contudo, a participação neste Concurso implica também a cedência dos direitos de exibição aos promotores do Concurso, em regime livre não exclusivo, podendo as turmas e/ou as escolas continuar a usufruir deles. Caso haja a possibilidade de exposição de trabalhos realizados, os promotores deverão, posteriormente, devolver os mesmos.
· Os alunos e os professores participantes concedem aos promotores do Concurso o direito de exibição, divulgação, compilação e distribuição das imagens (nomeadamente fotografias e vídeos) incluídas no trabalho. É da responsabilidade da escola participante a obtenção, junto dos encarregados de educação dos alunos, das competentes autorizações de participação e cedência de imagens.
10. Disposições Finais
1. A participação no concurso presume a aceitação das disposições do presente regulamento.
2. O não cumprimento pelos concorrentes de qualquer das disposições estabelecidas neste regulamento implica a anulação da sua participação.
3. Todos os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pelo júri do concurso.
4. Eventuais
esclarecimentos devem ser solicitados à Escola de Ciências da Universidade do
Minho, através do email sec@ecum.uminho.pt .
§ Coletânea dos relógios de sol em Lisboa e instruções para a construção do tipo vertical e equatorial:
§ Relógios de sol verticais em papel:
https://www.sundialzone.com/ptbr/relogiodesol
§ Sociedade britânica de relógios de sol:
§ Software para aprender e desenhar relógios de sol:
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