(foto The Guardian)
Dois cientistas portugueses, Henrique M. Oliveira e Luís V. Melo, afirmam ter descoberto o mistério da ressonância ou, porque é que dois pêndulos ao pé um do outro se sincronizam passado algum tempo.
O estudo, intitulado "Huygen synchronization of two clocks" foi apresentado em Janeiro, aceite em Maio e publicado a 23 de Julho na revista Scientific Reports, como pode ler aqui.
O The Guardian fala aqui sobre o estudo dos portugueses. Também pode ler outra notícia sobre o assunto, aqui. Até o Smithsonian fala do caso e ouve a equipa portuguesa, como pode ler aqui.
Há cerca de 350 anos, e na sequência das leis do pêndulo descobertas por Galileu, o pêndulo passou a ser usado na relojoaria, como forma de dividir o tempo em partes iguais. Foi o holandês Christiaan Huygens quem fez os primeiros relógios de pêndulo. Ele observou que, estando perto um do outro, dois relógios tendiam a sincronizar os seus pêndulos ao fim de algum tempo.
O fenómeno tem levado a muita especulação, mas ainda não se tinha encontrado uma explicação cabal para ele. Agora, Henrique M. Oliveira e Luís V. Melo, através de um complexo modelo matemático, dizem ter descoberto a razão: os pêndulos transferem energia de um para o outro através de ondas sonoras.
Breguet foi dos que primeiro trabalhou a ressonância, utilizando dois escapes em relógios de bolso. O fenómeno repete-se aqui - a dado momento, eles entram em perfeita sincronização, permitindo um melhor comportamento do mecanismo. Antide Janvier também aplicou o fenómeno à relojoaria. Modernamente, o francês François Paul Journe trabalhou em relógios de pulso o fenómeno da ressonância, como pode ler aqui.
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