quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Meditações - o futuro é um cenário moldável
Até o futuro é preferível ao presente. Quero deixar expressamente claro que não sou uma pessoa de futuro e chego a ter algumas dificuldades com quem assim é. Mas até o futuro é preferível ao presente. O futuro, como o passado, pode ser usado com muito mais imaginação do que o presente. Com frequência projecto cenários futuros fantásticos, que me tratam bem e favorecem. No futuro consigo o que no presente não há maneira de acontecer. Tal como o passado, o futuro é um cenário moldável e dado a liberdades que o presente, abrutalhado que é, faz questão de impedir.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Exportações relojoeiras suíças - quebra continua
As exportações relojoeiras suíças caíram no mês passado 2.2% em valor, comparado com Outubro de 2023. Nos primeiros 10 meses do ano, a quebra é de 2.6%. Em quantidade, a quebra em Outubro foi de 170 mil unidades. China e Hong Kong, com quebras acentuadas, são os responsáveis pela situação. Portugal, que nem sequer aparece nos 30 principais mercados nesse mês, está no 29º lugar no acumulado de 2024, com -4.0% em valor.
Meditações - O presente é um mono
Quando a minha mulher me acusa justamente de eu viver no passado, tento explicar-lhe que o presente é um lugar desinteressante. Qual o interesse que a vida de agora tem? Desconheço-o. O passado, por outro lado, é uma vida muito melhor em que recordamos coisas boas ou más mas que, sobretudo, podem ser alteradas de acordo com a nossa vontade. Gosto muito de viver no passado porque consigo mexer nele a meu favor como no presente não consigo. Recordo momentos que aconteceram e traduzo-os de acordo com as minhas conveniências de agora. O presente é um mono.
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Grande Prémio de Relojoaria - júri já escolheu a shortlist
Complicação:
Desportivo:
Masculino:
Feminino:
Design:
Quotidiano:
Num périplo relojoeiro pela Galiza e Astúrias
Estivemos por estes dias na Galiza e nas Astúrias, num périplo por espaços públicos e museológicos, colecções públicas e privadas relacionadas com o Tempo e os seus medidores, os relógios. Uma reportagem que sairá na 28ª edição do Anuário Relógios & Canetas, a ser lançada a 12 de Dezembro, em sessão na Sociedade Portuguesa de Geografia.
domingo, 17 de novembro de 2024
sábado, 16 de novembro de 2024
Meditações - inplorar ao tempo que se suspenda
« Elle » …
Elle était belle dans la nuit
A la lueur de la lune ronde
Des rubans dansent dans ses cheveux
Et le vent rit à ses côtés ;
…
Sur les chemins parsemés d’étoiles
Elle brille de mille feux
Ses mains implorent le ciel
Au temps qui se suspend.
…
Une envolée d’oiseaux nous rappelle
Qu’elle était belle,
« Elle » …
Sandrine Davin
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Meditações - Laissons la vieille horloge, au palais du vieux doge, lui compter de ses nuits les longs ennuis
Venise
Dans Venise la rouge,
Pas un bateau qui bouge,
Pas un pêcheur dans l’eau,
Pas un falot.
Seul, assis à la grève,
Le grand lion soulève,
Sur l’horizon serein,
Son pied d’airain.
Autour de lui, par groupes,
Navires et chaloupes,
Pareils à des hérons
Couchés en ronds,
Dorment sur l’eau qui fume,
Et croisent dans la brume,
En légers tourbillons,
Leurs pavillons.
La lune qui s’efface
Couvre son front qui passe
D’un nuage étoilé
Demi-voilé.
Ainsi, la dame abbesse
De Sainte-Croix rabaisse
Sa cape aux larges plis
Sur son surplis.
Et les palais antiques,
Et les graves portiques,
Et les blancs escaliers
Des chevaliers,
Et les ponts, et les rues,
Et les mornes statues,
Et le golfe mouvant
Qui tremble au vent,
Tout se tait, fors les gardes
Aux longues hallebardes,
Qui veillent aux créneaux
Des arsenaux.
Ah ! maintenant plus d’une
Attend, au clair de lune,
Quelque jeune muguet,
L’oreille au guet.
Pour le bal qu’on prépare,
Plus d’une qui se pare,
Met devant son miroir
Le masque noir.
Sur sa couche embaumée,
La Vanina pâmée
Presse encor son amant,
En s’endormant ;
Et Narcissa, la folle,
Au fond de sa gondole,
S’oublie en un festin
Jusqu’au matin.
Et qui, dans l’Italie,
N’a son grain de folie ?
Qui ne garde aux amours
Ses plus beaux jours ?
Laissons la vieille horloge,
Au palais du vieux doge,
Lui compter de ses nuits
Les longs ennuis.
Comptons plutôt, ma belle,
Sur ta bouche rebelle
Tant de baisers donnés…
Ou pardonnés.
Comptons plutôt tes charmes,
Comptons les douces larmes,
Qu’à nos yeux a coûté
La volupté !
Alfred de Musset