Façamos o que fizermos nunca conseguiremos deter, suspender, interromper, por um segundo que seja, o curso do tempo. É ele que transforma as nossas urgências em detalhes sem importância dezenas de anos mais tarde; é ele que transforma as nossas perdas, os nossos sentimentos devastados pelas separações, pelas perdas, pelos desaparecimentos das mães, dos pais, nos piores casos dos filhos e mesmo dos amigos queridos, em memórias vagas que até podem deixar-nos sentimentos de culpa face ao inexorável esquecimento involuntário que veio ou que virá. É o tempo a funcionar da sua maneira própria.
Convém aproveitá-lo bem, porque não haverá sequer outro milissegundo igual ao que acabou de passar. Nem sempre conseguimos fazê-lo, como todos sabemos (se pensarmos nisso).
António Pinho Vargas
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
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1 comentário:
Num segundo tudo muda,
deixando de ser igual:
por isso ninguém se iluda
de nada ser imortal!
JCN
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