quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Coisas do Ephemera - Históricos do Naturismo - Amílcar de Sousa, Jaime de Magalhães Lima

O Arquivo Ephemera acaba de enriquecer os seus Núcleos do Tempo e da Gastronomia com um lote interessante de obras relacionadas com Naturismo, Vegetarianismo, Frutarismo, Crudismo e outos regimes e estilos de vida alternativos, contrários ao Omniverismo. O conjunto teve origem, aparentemente, na biblioteca de Agostinho Lopes da Costa, de Cocujães, fundador em 1937 da Misericórdia local.

Entre os livros que chegaram, uma edição do Almanaque Vegetariano Ilustrado para 1913, o primeiro ano da publicação, dirigida pelo médico Amílcar Augusto Queiroz de Sousa. Sobre esta figura, disponível para compra online, há um estudo editado pela Biblioteca Nacional, de Isabel Drumond Braga, intitulado precisamente Das Origens do Vegetarianismo em Portugal - Amílcar de Sousa (1876 - 1940), o "Apóstolo Verde".



"... a dissolução de costumes que o crime da hiper-civilização instalou na Alemanha, presa do vício da cerveja e da salsicha, da França amiga do absinto, da Inglaterra do whiskey e da mostarda..."


"Quando será que a raça portuguesa, desfazendo-se do vício e do preconceito da Cozinha que perturba as células dos alimentos e do erro da fermentação que transforma e estraga as substâncias, compreenderá as vantagens sociais e económicas da Dieta Pura?"
 



Jaime de Magalhães Lima (1859 - 1936), jurista, amigo de Antero de Quental, defensor e divulgador do vegetarianismo. Presidente Honorário da Sociedade Vegetariana de Portugal, fundada no Porto, em 1911, e responsável pela edição do Almanaque. Irmão de Sebastião de Magalhães Lima, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.


Poema dedicado à figura de Amílcar de Sousa


Anúncio e foto do médico naturista João Pinto Soares de Vasconcelos





Inquérito para consulta pelo correio pelo médico naturista João Pinto Soares de Vasconcelos





Os Estatutos / Programa da Sociedade Vegetariana de Portugal







Além dos Almanaques Vegetarianos para 1913, 1914, 1915 e 1916, o espólio que terá pertencido a Agostinho Lopes da Costa, inclui outras obras relacionadas com a cura pelos alimentos e a linha Naturista. O de baixo é da autoria de Amílcar de Sousa.

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