Em 1922, Gago Coutinho (1869-1959) e Sacadura Cabral
(1881-1924) fazem a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, Lisboa - Rio de
Janeiro, numa extensão aproximada de 4.350 milhas náuticas. Trata-se de um
grande feito, pois a viagem decorreu praticamente sempre sobre o mar, e pela
primeira vez foram empregues na navegação aérea os processos de determinação de
posições sucessivas, usados na navegação marítima. Utilizou-se para o efeito,
além da bússola, cartas náuticas e tábuas de logaritmos, bem como o sextante
português, que com o auxílio de uma bolha de ar, dá a altura do sol por meio de
um horizonte artificial. Do ponto de vista relojoeiro, é o próprio Gago
Coutinho que nos esclarece, no relatório da viagem, apresentado no ano
seguinte: “Na navegação astronómica empregou-se, como a bordo dos navios, um
cronómetro médio, que dá a hora de Greenwich; e levávamos também um bom
contador médio. Na previsão de observações astronómicas de noite, tínhamos mais
um cronómetro regulado para o tempo sideral de Greenwich”. (119)
terça-feira, 16 de maio de 2023
Gago Coutinho e Sacadura Cabral usaram três relógios para navegar durante a travessia do Atlântico Sul, em 1922
Esteve até hoje patente na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, uma exposição marcando o centenário da travessia aérea do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Nessa viagem, a navegação foi feita com o auxílio de três relógios, para determinação da longitude.
Em História do Tempo em Portugal, (2003), escrevemos:
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