segunda-feira, 29 de junho de 2015

Meditações - sinos de Lisboa

"Tenho um prazer enorme escutando a noite. Oiço os sinos badalar as horas. Conheço a voz de todos eles, do carrilhonamento da Sé, cujo som fica bambo e soturno no ar, até ao do Carmo, mais alegre e muito menos sombrio. Conheço o da Estrela, e de quando em quando a ventania trás-me do outro extremo da cidade o som das horas nalguma freguesia distante, em que eu sei ler profecias, malefícios, abracadabrâncias cabalísticas do Destino" - Albino Forjaz de Sampaio, in Lisboa Trágica (Aspectos da Cidade), de 1910

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