quarta-feira, 18 de julho de 2012
Jogos Olímpicos de Londres - relógios Omega usará 450 especialistas e 400 toneladas de equipamento para cronometrar o evento
Enquanto os relógios de contagem decrescente da OMEGA de Trafalgar Square e de Greenwich continuam a contar os segundos até ao início da Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, os profissionais da cronometragem e tratamento de dados da OMEGA estão ativamente envolvidos na preparação da competição, onde pela 25ª vez, os especialistas suíços serão os Cronometristas Oficiais dos Jogos Olímpicos. No dia 29 de Agosto, assumirão o mesmo papel nos Jogos Paraolímpicos.
No primeiro compromisso de cronometragem da OMEGA para os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1932, foram usados apenas 30 cronómetros para cronometrar cada prova olímpica dos Jogos.
Em Londres, 80 anos depois, a OMEGA empregará mais de 450 profissionais da cronometragem apoiados por cerca de 400 toneladas de equipamento e um enorme contingente de voluntários recrutados localmente.
Os Jogos Olímpicos de Londres terão lugar ao longo de 17 dias com início marcado para o dia 27 de Julho. Cerca de 10.500 atletas, treinadores e juízes dos Jogos Olímpicos de mais de 200 países irão fazer desta a maior e mais prestigiante Olimpíada de sempre. Os Jogos Paraolímpicos de Inverno, dos quais a OMEGA é também o Cronometrista Oficial, começam no dia 29 de Agosto e continuarão nos 10 dias seguintes. Os organizadores dos Jogos antecipam que os Paraolímpicos de Londres 2012 terão mais de 4000 atletas e juízes de 160 países.
1948-2012: A EVOLUÇÃO DO EQUIPAMENTO DE CRONOMETRAGEM
Os Jogos Olímpicos de 1948 em Londres foram pioneiros na era moderna da cronometragem. Um conjunto de inovações que foram introduzidas nesta edição dos Jogos ainda hoje são utilizadas. Algumas são muito semelhantes às suas antecessoras enquanto outras mudaram completamente. Em ambos os caos, o objetivo é o mesmo: fornecer o melhor sistema de cronometragem aos melhores atletas do mundo.
Células foto-elétricas
Em 1948, as células foto-elétricas foram utilizadas pela primeira vez nos Jogos Olímpicos e enquanto a sua forma e aparência foi mudando ao longo dos anos, a performance das células atuais é equivalente à das lançadas em 1948 (a velocidade da luz manteve-e praticamente inalterada ao longo dos anos). Em 1948, havia uma célula foto-elétrica com um emissor e um recetor num lado da pista e do outro lado havia um espelho refletor. Quando o feixe luminoso era interrompido entre a célula e o espelho, o tempo era registado. Nos jogos seguintes, o emissor e o recetor foram separados e colocados em lados opostos da pista, permitindo melhor performance no caso de chegadas em grupo.
Pistola de partida
Uma imagem que fica na mente do passado é a da pistola de partida, relembrando os populares revolveres dos filmes do faroeste. Nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de inverno de 2010 em Vancouver, a clássica pistola foi substituída por um equipamento futurista e cheio de design composto por uma pistola de flash e uma caixa de som.
Com o novo equipamento, quando o starter carrega no gatilho, acontecem 3 coisas simultaneamente: um som, um flash de luz e o arranque do equipamento de cronometragem. Carregando segunda vez no gatilho menos de dois segundos depois, a falsa partida é acionada de forma audível. Os sons podem ser mudados e feitos download por computadores.
Tal como no caso das pistolas clássicas, o som é reproduzido pelos altifalantes de cada concorrente, garantindo que todos ouvem o sinal ao mesmo tempo. Em algumas provas, o som está ligado sistema geral do estádio.
A nova pistola de partida traz ainda outra vantagem sobre a tradicional pistola: causa menos preocupação ao passar a segurança nos aeroportos.
Blocos de partida no atletismo
Nos jogos de Londres em 1948, os blocos de partida foram utilizados pela primeira vez no atletismo. Na edição anterior em 1936, os velocistas como o lendário Jessie Owens cavaram os seus próprios buracos de partida! Os blocos de partida introduzidos em 1948 garantiam que as condições de partida eram iguais para todos os participantes.
Nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres, a OMEGA apresenta uma melhoria nos blocos de partida. A velocidade de reação dos atletas é medida pela força exercida nos blocos e não pelo movimento. Os novos blocos detetam os tempos de reação de todos os corredores – de crianças a velocistas de classe mundial- sem nada alterar no equipamento.
Placas de contato nas piscinas
Entre as mais atrativas inovações de cronometragem estão as placas de contato que encontramos no final de cada pista nas piscinas. A necessidade para este nível de precisão
Ficou particularmente claro nos jogos de Roma 1960. Nesse tempo, três juízes estavam responsáveis por controlar cada uma das pistas de natação. Nesse ano, nos 100 metros livres, o americano Lance Larson e o Australiano John Devitt acabaram a prova exatamente ao mesmo tempo. Os cronógrafos dos juízes marcaram para Larson 55.0. 55.1 e 55.1 segundos. Os de Devitt marcaram todos 55.2 segundos.
Um resultado claro? Não exactamente.
Também havia três juízes de 1º lugar e três de 2º lugar. Dois juízes de 1º lugar pensaram que Devitt tinha e só um achou que tinha sido Larson. No entanto, dois dos juízes de 2º lugar pensaram exatamente o contrário. Os juízes ficaram divididos 3-3, pedindo a opinião ao juíz principal. Este decidiu em favor de Devitt ignorando os tempos obtidos. O tempo de Larson foi arredondado para 55.2 segundos. Foram feitos protestos oficiais mas a opinião do juiz principal manteve-se.
A parte estranha: John Devitt permaneceu o campeão olímpico mas o tempo de 55.1 de Larson foi declarado record olímpico. Assim, o 2º classificado nadou mais rápido que o campeão.
Tornou-se evidente que um sistema automático era necessário, tendo a OMEGA introduzido as placas de contato nos Jogos Pan-Americanos no Winnipeg em 1967. A partir de 1968 nos Jogos Olímpicos do México e até à atualidade foram sempre utilizadas.
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