domingo, 23 de outubro de 2011

Relógio Hermès Arceau Temps Suspendu - Estação Cronográfica na China, com o Tempo Suspenso pela Hermès

(foto Geof Kern)

O Tempo, para a Hermès, não é um inimigo. Antes pelo contrário - o Tempo é para ser desfrutado, derradeiro luxo em quotidianos de stress e velocidade global.

As leituras lúdicas, poéticas, desconcertantes do Tempo começam a ser a assinatura da Maison em termos de Alta Relojoaria.

Desafiando mestres relojoeiros contemporâneos a inovarem na leitura do Tempo, a Hermès coloca-se num nicho muito próprio, sofisticado e ao mesmo tempo puro e simples - as horas e os minutos são aquilo que quisermos fazer deles.

Estação Cronográfica acaba de regressar da China, onde na região de Beijing a Hermès organizou durante três dias o evento Time to Dream, o primeiro que a marca realiza fora da Europa dedicado exclusivamente à sua vertente relojoeira.


Já aqui falámos várias vezes dele - o Hermès Arceau Temps Suspendu foi a vedeta do evento. Concebido por Jean-Marc Wiederrecht, a pedido da Hermès, o relógio levou quatro anos a ser desenvolvido. Mediante um botão, o tempo pode ser suspenso e os ponteiros das horas e dos minutos recolhem-se na zona das 12 horas, enquanto o da data desaparece. Três funções retrógradas, inéditas no mundo da relojoaria de pulso. Quando se quer voltar ao "tempo normal", basta voltar a accionar o botão.


O grupo de convidados, vindos de todo o mundo, ficou hospedado em casas espalhadas pelo gigantesco parque da Commune by the Great Wall, que como o nome indica fica junto à Grande Muralha, nos trechos de Baidaling e Huanghuacheng. As cores outonais e uma bruma persistente ajudaram a criar um ambiente de tempo suspenso.
 O Hermès Arceau Temps Suspendu tem uma edição em aço e outra limitada a 174 peças em ouro rosa.


O complexo Commune by the Great Wall é uma colecção privada de arquitectura contemporânea feita por 12 arquitectos asiáticos. O conjunto foi exibido em 2002 na Biennale di Venezia, onde obteve um prémio especial. A área tem hoje 42 edifícios, com 190 suites e 11 suites presidenciais, quatro restaurantes, um spa, piscina, court de ténis...
 A versão do Hermès Arceau Temps Suspendu em aço, com mostrador negro.


A primeira experiência da Hermès numa leitura lúdica do tempo foi o Cape Cod, onde as horas podem passar mais depressa ou mais devagar, consoante o módulo escolhido.








Um Guarda Vermelho (neste caso dourado), escultura contemporânea num jardim interior da Commune by the Great Wall.

O grupo realizou um passeio pela Grande Muralha, na zona de Huanghuacheng, no meio de uma bruma que não deixava ver para além de dois ou três quilómetros.



De regresso à Commune by the Great Wall, Luc Perramond, Presidente de La Montre Hermès, explicou a filosofia do Tempo seguida na casa - uma relação distendida.


Jean-Marc Wiederrecht explicou como conseguiu suspender o tempo - o Hermès Arceau Temps Suspendu começa a ser vendido ao público em Novembro.



No dia seguinte, manhã cedo, o grupo experimentou a suspensão do tempo, num evento que a Hermès organizou num vasto descampado, junto a um rio, de novo sob neblina. Para uns irritante, para outros poética, a ajudar ao espírito da coisa...




Uma logística gigantesca para este evento Hermès na China, que contou com mais de 200 convidados.




A dada altura, foi sugerido aos convidados entrar num labirinto, onde se despojaram dos respectivos relógios de pulso.


E entraram numa floresta, onde exemplares do Temps Suspendu podiam ser manipulados.



À saída, o convite para uma partida de Croquet.



Para depois voltar a entrar num espaço fechado, onde um corpo de bailarinos interpretou uma leitura muito especial do Tempo.








De novo cá fora, o convite a um mergulho no mundo imaginário da Hermès, um bestiário fantástico, com o labirinto de novo como pano de fundo.




Os convidados tinham que "pescar" um número e eram aliciados a beber sumo de frutas, através de copos que eram ampulhetas.


Cá fora, o tempo não mudou, mas isso não impediu uma subida em balão.





Visto do ar, era mais claro o labirinto gigante criado pela Hermès para o evento.



Um almoço ao som de harpa virtual (repare, não há cordas...)



O caminho para a mesa que nos estava destinada era assinalado por um homem-árvore. O que será DAT?


Os pratos, sempre numa alusão ao tempo.



Na tarde do último dia, as inevitáveis compras, em Beijing. No sentido dos ponteiros do relógio - Carlos Torres (revista 12), Fernando Correia de Oliveira (Estação Cronográfica), Beatriz Roldan (GQ Espanha), Juan Antonio Gómez (Maquinas del Tiempo) e Anton Vallverdú (Relojes Especiales), regateando o preço de budas potencialmente em prata... (foto Marco Cattaneo).



A despedida a uma Beijing by night, uma noite curta no Beijing Hong Kong Jockey Club House, pois a ida para o aeroporto foi às 06h30... (clique nas imagens, para aumentar)

1 comentário:

  1. O que à China diz respeito
    não bate certo connosco,
    pois somos um povo tosco
    em permanente suspeita!

    JCN

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