Postal Swatch, 2008, com desenhos do graffiter GREMS.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Chegado ao mercado
Zenith ChronoMaster Tourbillon El Primero Moonphase Day & Night. Cronógrafo automático com rotor em ouro, Turbilhão, Fases de Lua e indicação de Dia/Noite. Caixa em ouro branco ou ou rosa, de 45 mm, estanque até 30 metros. Mostrador e ponteiros em ouro. Edição limitada a 25 exemplares de cada versão. PVP: 145 390 €
Evento - Relógios Dior na Yor
Em primeira mão - Pierre DeRoche sêxtuplos segundos retrógrados
Pierre DeRoche Grandcliff TNT Royal Retro. O primeiro calibre com sêxtuplos Segundos Retrógrados (em seis sectores de dez segundos cada). Movimento Dubois Dépraz automático, com rotor em ouro. Caixa em titânio revestido a PVD negro, de 47,5 mm. Na versão ouro rosa, limitado a 21 exemplares. Na versão titânio e aço (na foto), limitado a 201 peças.
Meditações - calibre universal
Le monde n'est plus un dieu; c'est une machine qui a ses roues, ses cordes, ses poulies, ses ressortes et ses poids.
Denis Diderot (1713-1784)
Denis Diderot (1713-1784)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Chegado ao mercado
Em primeira mão - Ateliers deMonaco
Uma nova marca de Alta Relojoaria surge no mercado, em tempos difíceis e com a manufactura num local em princípio improvável, o Principado do Mónaco. Trata-se dos Ateliers deMonaco, que garantem ter produzido, desde já, um dos turbilhões mais precisos do mundo (com desvio máximo de 2 segundos por dia). A manufactura recorreu aos melhores especialistas nos vários sectores para conseguir criar estes relógios. A primeira colecção dos Ateliers deMonaco denomina-se Carré d'Or e é iniciada com um Grand Tourbillon XP1, equipado com calibre automático, próprio da manufactura, com rotor em ouro. Usa materiais amagnéticos nos orgãos reguladores. A ponte do turbilhão é em vidro de safira e o escape e a roda do balanço são em silício. Com caixa em ouro branco ou rosa, de 44,3x48mm, estanque até 30 metros, o XP1 está limitado a 18 exemplares por versão, e cada relógio é personalizado na decoração do movimento, ao gosto do comprador. PVP: a partir de 98.000 €. Para saber mais: http://www.ateliers-demonaco.com/.
Meditações - engrenagem corporal
Le corps humain est une horloge, mais immense et construite avec tant d'artifice et d'habilité que si la roue qui sert à marquer les secondes vient à s'arrêter, celle des minutes tourne et va toujours son train; comme la roue des quarts continue de se mouvoir et ansi des autres, quand les premières, roullés ou dérangées par quelque cause que ce soit, ont interrompu leur marche.
René Descartes (1596-1650)
René Descartes (1596-1650)
Chegado ao mercado
domingo, 28 de junho de 2009
Relojoaria grossa - novo exemplar no CID de Évora
A relojoaria grossa, pública, monumental, de torre ou férrea é, por excelência, aquela que marca o tempo colectivo das comunidades. Em Portugal, o primeiro relógio desse tipo terá sido instalado nos tempos de D. Fernando, na Sé de Lisboa. Com D. João V, compra-se para o país dos melhores exemplares que havia no mundo, como são os que estão no Convento de Mafra. O terramoto de 1755, por um lado, e a extinção das ordens religiosas (onde estavam os exemplares mais antigos), em 1834, deram uma grande machadada a esse património. No século seguinte, fábricas nacionais como a Reguladora de Vila Nova de Famalicão, Couzinha de Almada ou Cardina da Nazaré foram equipando torres sagradas e profanas por esse país fora. Chegou depois a electrificação, o quartzo, e o abandono. Máquinas com séculos de história foram parar à sucata ou vendidas para o estrangeiro, onde estas coisas são mais apreciadas. Resumindo - o estado da relojoaria grossa nacional é uma lástima.
Pois chega-nos agora uma notícia em contra-mão. Amanhã, segunda-feira, 29 de Junho, será inaugurado o novo relógio do Comando de Instrução e Doutrina (CID) do Exército, instalado em Évora.
O relógio, mecânico, feito de raiz, é da autoria de Hermínio de Freitas Nunes, um homem que se dedica há décadas ao restauro, manutenção e levantamento dos relógios de torre. Segundo Hermínio Nunes, o actual mostrador para o exterior, a 18 metros de altura, está em mau estado, com apenas um ponteiro, e desligado do veio, por corrosão. Mas é intenção do CID reconstruir o mostrador, em esmalte, como o original. Outra das intenções é, agora que há relógio a funcionar, acoplar-lhe um sino, para que ele possa, além de mostrar as horas, batê-las. O relógio está já preparado para isso - ligação a um martelo eléctrico, que baterá no futuro sino um toque por cada passagem de hora. A cerimónia de inauguração de amanhã serve também de despedida - será presidida pelo General Vaz Antunes, que deixa a chefia do CID, para ser colocado noutro posto.
Adaptado de artigo saído em Cronos - Pilares do Tempo, suplemento de Relojoaria do Público, edição de 2008.
Pois chega-nos agora uma notícia em contra-mão. Amanhã, segunda-feira, 29 de Junho, será inaugurado o novo relógio do Comando de Instrução e Doutrina (CID) do Exército, instalado em Évora.
O relógio, mecânico, feito de raiz, é da autoria de Hermínio de Freitas Nunes, um homem que se dedica há décadas ao restauro, manutenção e levantamento dos relógios de torre. Segundo Hermínio Nunes, o actual mostrador para o exterior, a 18 metros de altura, está em mau estado, com apenas um ponteiro, e desligado do veio, por corrosão. Mas é intenção do CID reconstruir o mostrador, em esmalte, como o original. Outra das intenções é, agora que há relógio a funcionar, acoplar-lhe um sino, para que ele possa, além de mostrar as horas, batê-las. O relógio está já preparado para isso - ligação a um martelo eléctrico, que baterá no futuro sino um toque por cada passagem de hora. A cerimónia de inauguração de amanhã serve também de despedida - será presidida pelo General Vaz Antunes, que deixa a chefia do CID, para ser colocado noutro posto.
O relógio, terminado em oficina
Vista do mostrador de serviço e ponteiros
Já a funcionar em Évora
Hermínio de Freitas Nunes na sua oficina, na Marinha Grande
Acompanhámos um dia na vida de um mestre relojoeiro especializado na reparação, restauro e manutenção da chamada relojoaria grossa, férrea, de torre ou monumental. Num panorama nacional que é um desastre, Hermínio Nunes rema contra a corrente. E o seu melhor cartão de visita são os relógios que já recuperou – andam direitos que nem um fuso, batendo as horas certas para quem os queira ouvir. Há gente assim. Que alia o gosto da reflexão, da leitura, da investigação em documentos, livros e papéis velhos, em ambientes soturnos, silenciosos; com o “meter a mão na massa”, com o barulho de limas e tornos, a sujidade natural de óleos e desperdícios, limalhas e ferro velho. E, mais raro ainda, que faz bem as duas coisas.
Hermínio de Freitas Nunes, um figueirense por nascimento mas marinhense por adopção, tanto anda pendurado em torres periclitantes a desmontar e montar relógios, como a dedilhar delicadamente papéis com séculos, em esconsos esquecidos. Uns e outros teriam muitas vezes o destino do caixote do lixo, mas Hermínio é dos tais heróis anónimos que ainda persistem num país desatento, e que procuram salvar tudo o que podem salvar, para memória futura. O património não é uma herança do passado”, costuma ele dizer. “É um empréstimo do futuro!” Passámos um dia com este autodidacta historiador, começando pela sua oficina, saltando depois por todo um raio de acção no distrito de Leiria, onde ele nos foi apresentando as intervenções que tem realizado na relojoaria grossa, pública, de igrejas, escolas, municípios.
Para Hermínio, o grande orgulho é mostrar “o antes” e “o depois”, sustentado em fotografias das peças tal como as encontrou, abandonadas às intempéries, à ferrugem, aos pombos; e o seu estado actual, depois de decapadas, corrigidas, substituídas, afinadas, pintadas e oleadas. Mas este mestre relojoeiro sabe que, mais importante do que restaurar, é manter as peças em funcionamento e, por isso, nos trabalhos que efectua inclui sempre um período de alguns anos de garantia de manutenção. Este amante do Património nasceu na Figueira da Foz, há 52 anos. Iniciou-se no mundo do trabalho na Fábrica Nacional de Vidros mas esteve lá escassos meses. Radicou-se definitivamente na Marinha Grande há 30 anos, desenvolvendo a sua actividade profissional na indústria de moldes. Tem colaboração dispersa por vários jornais regionais, com artigos de opinião, história e poesia.
Investigador da história da Marinha Grande, especialmente dos fenómenos políticos e sociais na indústria vidreira, tem dedicado especial atenção ao movimento sindical, à história da luta contra o regime de ditadura anterior ao 25 de Abril de 1974, nomeadamente o levantamento operário de 18 de Janeiro de 1934. O seu campo de investigação tem-se alargado nos últimos anos ao movimento religioso e sua influência no desenvolvimento do tecido social da Marinha Grande. Está neste momento a organizar o arquivo do Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, Leiria.
De uma actividade de historiador, já com mais de uma década, destacamos títulos como 18 de Janeiro de 1934, Rostos (1997), Augusto Costa, um Vidreiro no Tarrafal (1998), Alvorada de Esperança, Notas Biográficas, Apontamentos para a História do 18 de Janeiro de 1934 (1999), A Irmandade do Senhor Jesus dos Aflitos (2000), A Freguesia da Marinha Grande, das suas origens ao Estado Novo (2004), Antecedentes Sociais do 18 de Janeiro de 1934 (2006) e A Elevação da Marinha Grande a Concelho em 1836 (2007). No campo da sua actividade de restauro de relojoaria grossa, férrea, de torre ou monumental, ostenta um portfólio que fala por si: intervenções nos medidores de tempo mecânicos do Santuário de Santa Maria de Vagos; Igreja de S. Francisco, Redinha, Pombal; Torre Municipal de Aljubarrota, Alcobaça; Banco de Portugal, Agência de Coimbra; Igreja Paroquial da Marinha Grande; Escola velha de Almeirim; Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, Leiria; Torre do Mercado de Benfica do Ribatejo, Igreja Paroquial de Ançã. O seu mais recente trabalho foi no relógio da torre sineira, na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, Caldas da Rainha.
A empresa criada por Hermínio de Freitas Nunes, a TictacTemporis (http://www.tictactemporis.com/) “é um serviço vocacionado para o restauro e conservação de relojoaria monumental de torre e serviços complementares de conservação de sinos e campanários”, salienta. “Beneficiando de uma longa experiência de décadas nas artes mecânicas, os nossos serviços pautam-se por uma rigorosa exigência de qualidade nas diversas fases de restauro, utilizando exclusivamente artes e técnicas de serralharia mecânica tradicional, com levada componente manual”, explica.
No património nacional, o capítulo da Relojoaria Grossa tem sido particularmente triste: peças abandonadas, deitadas para o lixo, vendidas para o estrangeiro, paradas a enferrujar. O trabalho de Hermínio de Freitas Nunes e de outros começa agora a ser mais solicitado pelos poderes centrais e locais, civis, militares e religiosos, que percebem a importância da Relojoaria no todo do património colectivo. Até porque, como diria Fernando Pessoa, “não há nada de mais ridículo do que um relógio público parado”.
Hermínio de Freitas Nunes, um figueirense por nascimento mas marinhense por adopção, tanto anda pendurado em torres periclitantes a desmontar e montar relógios, como a dedilhar delicadamente papéis com séculos, em esconsos esquecidos. Uns e outros teriam muitas vezes o destino do caixote do lixo, mas Hermínio é dos tais heróis anónimos que ainda persistem num país desatento, e que procuram salvar tudo o que podem salvar, para memória futura. O património não é uma herança do passado”, costuma ele dizer. “É um empréstimo do futuro!” Passámos um dia com este autodidacta historiador, começando pela sua oficina, saltando depois por todo um raio de acção no distrito de Leiria, onde ele nos foi apresentando as intervenções que tem realizado na relojoaria grossa, pública, de igrejas, escolas, municípios.
Para Hermínio, o grande orgulho é mostrar “o antes” e “o depois”, sustentado em fotografias das peças tal como as encontrou, abandonadas às intempéries, à ferrugem, aos pombos; e o seu estado actual, depois de decapadas, corrigidas, substituídas, afinadas, pintadas e oleadas. Mas este mestre relojoeiro sabe que, mais importante do que restaurar, é manter as peças em funcionamento e, por isso, nos trabalhos que efectua inclui sempre um período de alguns anos de garantia de manutenção. Este amante do Património nasceu na Figueira da Foz, há 52 anos. Iniciou-se no mundo do trabalho na Fábrica Nacional de Vidros mas esteve lá escassos meses. Radicou-se definitivamente na Marinha Grande há 30 anos, desenvolvendo a sua actividade profissional na indústria de moldes. Tem colaboração dispersa por vários jornais regionais, com artigos de opinião, história e poesia.
Investigador da história da Marinha Grande, especialmente dos fenómenos políticos e sociais na indústria vidreira, tem dedicado especial atenção ao movimento sindical, à história da luta contra o regime de ditadura anterior ao 25 de Abril de 1974, nomeadamente o levantamento operário de 18 de Janeiro de 1934. O seu campo de investigação tem-se alargado nos últimos anos ao movimento religioso e sua influência no desenvolvimento do tecido social da Marinha Grande. Está neste momento a organizar o arquivo do Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, Leiria.
De uma actividade de historiador, já com mais de uma década, destacamos títulos como 18 de Janeiro de 1934, Rostos (1997), Augusto Costa, um Vidreiro no Tarrafal (1998), Alvorada de Esperança, Notas Biográficas, Apontamentos para a História do 18 de Janeiro de 1934 (1999), A Irmandade do Senhor Jesus dos Aflitos (2000), A Freguesia da Marinha Grande, das suas origens ao Estado Novo (2004), Antecedentes Sociais do 18 de Janeiro de 1934 (2006) e A Elevação da Marinha Grande a Concelho em 1836 (2007). No campo da sua actividade de restauro de relojoaria grossa, férrea, de torre ou monumental, ostenta um portfólio que fala por si: intervenções nos medidores de tempo mecânicos do Santuário de Santa Maria de Vagos; Igreja de S. Francisco, Redinha, Pombal; Torre Municipal de Aljubarrota, Alcobaça; Banco de Portugal, Agência de Coimbra; Igreja Paroquial da Marinha Grande; Escola velha de Almeirim; Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, Leiria; Torre do Mercado de Benfica do Ribatejo, Igreja Paroquial de Ançã. O seu mais recente trabalho foi no relógio da torre sineira, na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, Caldas da Rainha.
A empresa criada por Hermínio de Freitas Nunes, a TictacTemporis (http://www.tictactemporis.com/) “é um serviço vocacionado para o restauro e conservação de relojoaria monumental de torre e serviços complementares de conservação de sinos e campanários”, salienta. “Beneficiando de uma longa experiência de décadas nas artes mecânicas, os nossos serviços pautam-se por uma rigorosa exigência de qualidade nas diversas fases de restauro, utilizando exclusivamente artes e técnicas de serralharia mecânica tradicional, com levada componente manual”, explica.
No património nacional, o capítulo da Relojoaria Grossa tem sido particularmente triste: peças abandonadas, deitadas para o lixo, vendidas para o estrangeiro, paradas a enferrujar. O trabalho de Hermínio de Freitas Nunes e de outros começa agora a ser mais solicitado pelos poderes centrais e locais, civis, militares e religiosos, que percebem a importância da Relojoaria no todo do património colectivo. Até porque, como diria Fernando Pessoa, “não há nada de mais ridículo do que um relógio público parado”.
Adaptado de artigo saído em Cronos - Pilares do Tempo, suplemento de Relojoaria do Público, edição de 2008.
Um astronauta e o Tempo
O astronauta norte-americano Eugene Cernan esteve recentemente em Lisboa, para o lançamento da edição limitada do Omega Speedmaster, o único relógio a ter estado na Lua. Esta edição comemora os 40 anos da missão espacial Apollo 11, quando o homem pisou pela primeira vez o satélite (20 de Julho de 1969). Cernan comandou a missão Apollo 17, em Dezembro de 1972, e foi, até hoje, o último ser humano a pisar solo lunar.
A saga do Omega Speedmaster
O primeiro modelo, de há 50 anos
Falámos com ele, uma longa troca de impressões, onde descobrimos, por exemplo, que Cernan não acredita no aquecimento global provocado pela queima dos hidrocarbonetos ("trata-se de um tema da agenda política, há tantos argumentos sobre a sua existência por motivos humanos, como argumentos dizendo que se trata de um ciclo normal de aquecimento, como outros que já tem havido").
Deixamos aqui excertos dessa conversa, especialmente os que se relacionam com o Tempo, e como ele é vivivo por quem deixa o Tempo coordenado terrestre e vive outros tempos, outros ritmos...
Como astronauta teve o privilégio de viver noutro Tempo, já que viajou a velocidades muito elevadas. O que é o Tempo para si?
O tempo é a quarta dimensão, controla todas as nossas vidas. Mas sabemos muito pouco acerca dele. Sabemos que um momento que passou nunva voltará. Estamos presos ao tempo biológico, todos envelhecemos, não vamos mudar isso. Sim, teoricamente serei um pouco mais novo por ter viajado no espaço do que alguém da minha idade que não o tenha feito. É o que diz Einstein, e eu não vou contrariar Einstein. A velocidade que experimentei, não a senti, via-a, quando a Terra começa muito rapidamente a ficar cada vez mais pequena.
Quando chegamos à Lua, o nosso Tempo, aquele que na Terra é gerido pelo nascer e pelo pôr do sol, não faz sentido. Na Lua, são 40 dias de noite e 40 dias de luz. Estivemos lá em três dias de luz, e o Sol nunca se pôs. Todos os instrumentos que temos a bordo medem “tempo Delta”, ou seja, o tempo necessário para fazer uma determinada tarefa. Quando olhava para Terra e via o Sol no ocaso num determinado continente e a nascer noutro, ao mesmo tempo – uns a começarem o seu dia, outros a terminá-lo – tive sentimentos novos. Mas não explicáveis. Senti-me num local onde o Tempo, tal como o percebia até aí, não fazia sentido. Mas isso não quer dizer que tenha compreendido melhor o que é o Tempo, antes pelo contrário. Só lhe posso falar de distanciamento – em relação ao Tempo que os outros, na Terra, estavam a viver. Apenas um completo distanciamento.Vivendo na Lua, os terrestres terão que se adaptar a outro Tempo?
Muitas pessoas perguntam-me se tive o efeito de jet-lag quando fui até à Lua. Tenho jet-lag quando viajo até à Europa ou à Ásia, mas não tive qualquer efeito de jet-lag nas viagens espaciais que efectuei. Na lua, vivia o tempo de Houston. E, como lhe disse, regiamo-nos por “tempo delta”, necessário para uma tarefa específica. Tive dias de trabalho de 16 horas. Não nos interessava o tempo local lunar. Quando aterrámos, estivemos sempre acordados, quase um dia, sem sentir os efeitos do ritmo circadiano. Não consigo explicá-lo. Foi uma aventura que durou, ida e volta, 13 dias no tempo da Terra.
Há um certo contraste entre a alta tecnologia da NASA, toda ela baseada em computadores e circuitos integrados, e um relógio mecânico. Isso parece dar-nos uma janela da mente humana, não confiamos inteiramente na electronica… Qual a sua opinião?
Há um certo contraste entre a alta tecnologia da NASA, toda ela baseada em computadores e circuitos integrados, e um relógio mecânico. Isso parece dar-nos uma janela da mente humana, não confiamos inteiramente na electronica… Qual a sua opinião?
Há quanto tempo foi inventada a roda? Desde o início da Civilização. Foi alterada ao longo de milhares de anos? Não. A roda é mecânica, não digital. O simples é o melhor. Como precisamos de parâmetros baseados no tempo da Terra, é por isso que um relógio se torna tão importante. E um relógio mecânico, o Omega Speedmaster, foi o único que passou os testes da NASA. Este relógio tem rodas dentadas, engrenagens, testadas nos seus princípios desde há séculos. Sim, há o perigo de nos tornarmos demasiado dependentes da tecnologia. Digo sempre às pessoas – sejam simples, tornem as coisas simples.
A saga do Omega Speedmaster
É talvez o cronógrafo mais famoso do mundo. Desde logo, é o único relógio que se pode gabar de ter estado na Lua. O primeiro Omega Speedmaster foi produzido em 1957. A estética do mostrador era inspirada nos tabliers dos carros italianos da altura, com o branco e negro a funcionarem em contraste, para maior visibilidade. O primeiro modelo vinha equipado com um movimento Omega 321, também conhecido por Lémania. O nome “Speedmaster” derivava do taquímetro, a escala de medição de velocidade a partir de uma dada distância, que aparecia no bisel, a primeira vez que tal acontecia num relógio de pulso.
O primeiro Omega Speedmaster a atingir o espaço saiu da linha de produção em 1961 e foi usado pelo astronauta norte-americano Walter Schirra, de origem suíça. Ele tinha comprado o relógio para seu uso pessoal e levou-o em Outubro de 1962 para a missão “Sigma 7”, do programa Mercury. Schirra completou seis órbitas terrestres.
Por essa altura, a NASA começou a procurar um relógio de pulso “à prova do espaço”, com a função de cronógrafo e comprou num retalhista perto de Huston dez modelos de marcas diferentes. Em 1964, vários desses cronógrafos tinham sido eliminados e a NASA pediu às seis marcas que ficaram que fornecessem cada uma dez novos relógios para uma série de derradeiros e extraordinariamente exigentes testes – gravidade variável, exposição a temperaturas extremas, vazio, humidade intensa, corrosão, choque, aceleração, pressão, vibração e ruído.
O Omega Speedmaster foi o único relógio a sobreviver aos testes da NASA, e a 1 de Março de 1965 foi declarado “qualificado para voo da NASA para todas as missões espaciais tripuladas”. Virgil “Gus” Grisson e John Young, a tripulação do Gemini 3, a primeira missão tripulada Gemini, já levavam no pulso Speedmasters. Nesse mesmo ano, na missão Gemini 4, um Omega Speedmaster Professional acompanha Edward White no primeiro passeio norte-americano no espaço. O termo “Professional” foi acrescentado ao mostrador do Speedmaster em 1965 como referência aos profissionais da NASA, para quem o modelo se tinha tornado o relógio eleito. Em 1968, o Calibre 321 é substituído pelo Calibre 861, de alta-frequência, e isso continua a ser a única mudança significativa que o Speedmaster sofreu ao longo do seu meio século de vida. O Calibre 861, mais tarde rebaptizado 1861, continua hoje a ser usado.
Uma das histórias mais dramáticas envolvendo um Speedmaster e a missão espacial norte-americana ocorreu a 13 de Abril de 1970. Durante a missão Apollo 13, uma explosão danificou a principal fonte de energia, obrigando os astronautas a desligarem todos os instrumentos eléctricos com excepção do rádio, para conservarem energia para as manobras necessárias ao regresso da sua cápsula à Terra. A precisão era o elemento-chave no accionar no momento preciso os foguetes suplementares, para correcção da sua trajectória e a tripulação confiou nos seus Omega Speedmaster Professionals para iniciar e parar por 14 segundos precisos o queimar dos foguetes, permitindo-lhes fazer regressar a nave espacial avariada à Terra. “Houston, we have a problem”, a célebre frase dita a partir do espaço, teve afinal um desenlace feliz, também graças à fiabilidade de um relógio a quem a NASA, em reconhecimento, galardoou com o célebre Snoopy Award.O modelo comemorativo dos 40 anos da última presença humana na Lua.
O primeiro Omega Speedmaster a atingir o espaço saiu da linha de produção em 1961 e foi usado pelo astronauta norte-americano Walter Schirra, de origem suíça. Ele tinha comprado o relógio para seu uso pessoal e levou-o em Outubro de 1962 para a missão “Sigma 7”, do programa Mercury. Schirra completou seis órbitas terrestres.
Por essa altura, a NASA começou a procurar um relógio de pulso “à prova do espaço”, com a função de cronógrafo e comprou num retalhista perto de Huston dez modelos de marcas diferentes. Em 1964, vários desses cronógrafos tinham sido eliminados e a NASA pediu às seis marcas que ficaram que fornecessem cada uma dez novos relógios para uma série de derradeiros e extraordinariamente exigentes testes – gravidade variável, exposição a temperaturas extremas, vazio, humidade intensa, corrosão, choque, aceleração, pressão, vibração e ruído.
O Omega Speedmaster foi o único relógio a sobreviver aos testes da NASA, e a 1 de Março de 1965 foi declarado “qualificado para voo da NASA para todas as missões espaciais tripuladas”. Virgil “Gus” Grisson e John Young, a tripulação do Gemini 3, a primeira missão tripulada Gemini, já levavam no pulso Speedmasters. Nesse mesmo ano, na missão Gemini 4, um Omega Speedmaster Professional acompanha Edward White no primeiro passeio norte-americano no espaço. O termo “Professional” foi acrescentado ao mostrador do Speedmaster em 1965 como referência aos profissionais da NASA, para quem o modelo se tinha tornado o relógio eleito. Em 1968, o Calibre 321 é substituído pelo Calibre 861, de alta-frequência, e isso continua a ser a única mudança significativa que o Speedmaster sofreu ao longo do seu meio século de vida. O Calibre 861, mais tarde rebaptizado 1861, continua hoje a ser usado.
Uma das histórias mais dramáticas envolvendo um Speedmaster e a missão espacial norte-americana ocorreu a 13 de Abril de 1970. Durante a missão Apollo 13, uma explosão danificou a principal fonte de energia, obrigando os astronautas a desligarem todos os instrumentos eléctricos com excepção do rádio, para conservarem energia para as manobras necessárias ao regresso da sua cápsula à Terra. A precisão era o elemento-chave no accionar no momento preciso os foguetes suplementares, para correcção da sua trajectória e a tripulação confiou nos seus Omega Speedmaster Professionals para iniciar e parar por 14 segundos precisos o queimar dos foguetes, permitindo-lhes fazer regressar a nave espacial avariada à Terra. “Houston, we have a problem”, a célebre frase dita a partir do espaço, teve afinal um desenlace feliz, também graças à fiabilidade de um relógio a quem a NASA, em reconhecimento, galardoou com o célebre Snoopy Award.O modelo comemorativo dos 40 anos da última presença humana na Lua.
Chegado ao mercado
Meditações - manutenção da alma
Il n'y a point d'horloge, pour bonne qu'il soit, qu'il ne faille remonter ou bander deux fois par jour, au matin et au soir, et puis, outre cela, qu'il ne faut au moins une fois l'année démontar de toutes pièces pour ôter les rouillures qu'il aura contractées, redresser les pièces forcées et réparer celles qui sont usées. Ansi celui qui a un vrai soin de son cher coeur doit le remonter en Dieu au soir et au matin, par les exercices marqués ci-dessus; et outre cella, il doit plusieurs fois considérer son état, le redresser et accomoder et enfin, au moins une fois l'anée, il le doit démonter et regarder par le menu toutes les pièces, c'est-à-dire toutes les affections et passions d'icelui, afin de réparer tous les défauts qui y peuvent être. Et comme l'horloger oint avec quelque huile délicate les roues, les ressortes et tous les mouvants de son horloge, afin que les mouvements se fassent plus doucement et qu'il soit moins sujet à la rouillure, ansi la personne dévote, après la pratique de ce démontement de son coeur, pour le bien renouveler, le doit oindre par les sacrements de confession e de l'Eucharistie.
São Francisco de Sales (1567-1622)
São Francisco de Sales (1567-1622)
sábado, 27 de junho de 2009
Chegado ao mercado
Jornal de Alta Relojoaria - nº29 - Julho
Já está disponível o último número do Jornal de Alta Relojoaria, dedicado desta vez a um dos métiers d'art mais nobres - a esmaltagem. Saiba a diferença entre émail champlevé e émail cloisonné em http://www.hautehorlogerie.org/.
Chegado ao mercado
Meditações - relojoeiro do Universo
L'Univers m'embrasse et je ne puis songer
Que cette horloge existe et n'ait point d'horloger.
François-Marie Arouet, dito Voltaire (1694-1778)
Que cette horloge existe et n'ait point d'horloger.
François-Marie Arouet, dito Voltaire (1694-1778)
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Em primeira mão - Royal Oak Offshore Gstaad
A Audemars Piguet é o parceiro oficial da edição deste ano da Gstaad Classic, uma prova aberta a coleccionadores de carros anteriores a 1976. A prova inicia-se a 3 de Setembro e durará três dias, nos quais os concorrentes andarão pelas estradas alpinas, num total de 800 km. Para comemorar a parceria, a Audemars Piguet vai editar um Royal Oak Offshore Gstaad Classic 2009, um cronógrafo automático, com caixa em titânio, de 42 mm, bisel de borracha, estanque até 100 metros. O relógio será oficialmente apresentado a 5 de Setembro, numa gala onde o nº zero será leiloado a favor do Instituto do Cérebro e da Medula Espinal. O PVP está de momento calculado apenas em Francos Suíços: 34.500.
Chegado(s) ao mercado
Iconografia do Tempo
Pelo correio - Cartier nº23
A revista Cartier, dirigida por Franco Cologni, acaba de nos chegar. Este número é dedicado aos 100 anos da inauguração da boutique Cartier em Nova York. Efeméride aproveitada para abordar as culturas populares e eruditas americana e francesa, nas suas várias vertentes, e nas suas várias influências mútuas. A não perder, claro.
Breves relojoeiras
A última assembleia-geral da Federação da indústria relojoeira suíça (FH), ocorrida esta semana em Genebra, teve momentos de algum dramatismo, face a uma crise que já provocou cerca de 2.500 despedimentos e dá indícios de poder agravar-se no Verão. Aproveitando a presença da ministra federal da Economia, Doris Leuthard, o CEO da TAG-Heuer, Jean-Christophe Babin, interpelou-a: “A senhora não quer ouvir falar de uma ajuda estatal, mas que se saiba, a Confederação salvou um banco…”, numa alusão à ajuda de emergência dada com dinheiros públicos à falida UBS.
Segundo muitos observadores, são as pequenas e médias empresas, fornecedoras das grandes manufacturas relojoeiras, as que estão a sofrer mais.
O Tribune de Genève falava numa das suas últimas edições de se estar à espera de “um Verão mortífero”. “Passadas as férias relojoeiras, muitos crêem que os casos Franck Muller Watchland ou Zenith poderão reproduzir-se”. Roland Bloch, secretário do conselho de administração do Swatch Group e vice-presidente da Federação relojoeira, recordou ao jornal que o sector já viveu várias crises. “Pessoalmente, testemunhei o afundamento do sector relojoeiro nos anos 70. Mas nunca tínhamos visto uma queda tão abrupta de um ano para o outro, de um mês para o outro”, disse ele ao Tribune de Genève.
O Presidente da FH, Jean-Daniel Pasche, fala das dificuldades nos sub-contratados. “Se a situação actual é efectivamente difícil para as casas relojoeiras, com uma quebra de 25 por cento no volume das exportações, ela é ainda mais aguda no universo dos sub-contratados. Face à importância dos stocks, um abrandamento do mercado vai impor-se, o que passará por uma diminuição da produção, sinónimo de dificuldades crescentes para as pequenas empresas especializadas”.
Segundo o Tribune de Genève, respira-se “a calma antes da tempestade”. Muitas casas relojoeiras vão encerrar para férias nos meses de Julho e Agosto. “O veredicto final sairá em Setembro, se, até lá, as exportações não recuperarem”.
Entretanto, em comunicação interna a todos os colaboradores do grupo, Vartan Sirmakes, dono do grupo Watchland, dizia esta semana que “a marca Franck Muller não pode apoiar mais as outras marcas. Estava a referir-se a ECW, Pierre Kunz, Rodolphe e Alexis Barthelay. O grupo já despediu 252 trabalhadores, mais de metade da sua força de trabalho. Fala-se que a UBS, principal financiador do grupo, terá cortado todo o crédito. Ou que as instalações industriais actualmente em Genthod, perto de Genebra, serão deslocalizadas para o Luxemburgo (onde está a holding proprietária) ou para a Arménia, país de origem de Sirmakes.
A indústria relojoeira suíça tem evitado a todo o custo o despedimento colectivo (a outra excepção foi a Zenith). O que se pretende é manter uma mão-de-obra altamente qualificada, à espera da retoma. Assim, tem-se recorrido muito mais ao lay-off de tempo parcial. A última empresa a anunciar isso foi a Vaucher Manufacture Fleurier, do Grupo Parmigiani Fleurier (Sandoz): vai reduzir o horário a 250 trabalhadores a partir de Agosto, o que dá uma redução de 30 por cento na produção.
Apesar da crise, ou talvez por causa dela, as estratégias de comunicação das marcas continuam a inovar. A Breitling, por exemplo, lançou agora uma campanha para todos os clubes aeronáuticos suíços: dá pintura grátis a um aparelho, desde que ele “vista” as cores da manufactura. Não há limite para o tipo de avião. E poupa-se entre 5 mil e 20 mil francos suíços em pintura. Em troca, além da imagem, o clube terá que colocar à disposição da Breitling o aparelho em questão, para festivais aéreos. Pode ser que algum clube aeronáutico português esteja interessado. Basta contactar a Breitling, pode ser que tenha sorte.
Segundo muitos observadores, são as pequenas e médias empresas, fornecedoras das grandes manufacturas relojoeiras, as que estão a sofrer mais.
O Tribune de Genève falava numa das suas últimas edições de se estar à espera de “um Verão mortífero”. “Passadas as férias relojoeiras, muitos crêem que os casos Franck Muller Watchland ou Zenith poderão reproduzir-se”. Roland Bloch, secretário do conselho de administração do Swatch Group e vice-presidente da Federação relojoeira, recordou ao jornal que o sector já viveu várias crises. “Pessoalmente, testemunhei o afundamento do sector relojoeiro nos anos 70. Mas nunca tínhamos visto uma queda tão abrupta de um ano para o outro, de um mês para o outro”, disse ele ao Tribune de Genève.
O Presidente da FH, Jean-Daniel Pasche, fala das dificuldades nos sub-contratados. “Se a situação actual é efectivamente difícil para as casas relojoeiras, com uma quebra de 25 por cento no volume das exportações, ela é ainda mais aguda no universo dos sub-contratados. Face à importância dos stocks, um abrandamento do mercado vai impor-se, o que passará por uma diminuição da produção, sinónimo de dificuldades crescentes para as pequenas empresas especializadas”.
Segundo o Tribune de Genève, respira-se “a calma antes da tempestade”. Muitas casas relojoeiras vão encerrar para férias nos meses de Julho e Agosto. “O veredicto final sairá em Setembro, se, até lá, as exportações não recuperarem”.
Entretanto, em comunicação interna a todos os colaboradores do grupo, Vartan Sirmakes, dono do grupo Watchland, dizia esta semana que “a marca Franck Muller não pode apoiar mais as outras marcas. Estava a referir-se a ECW, Pierre Kunz, Rodolphe e Alexis Barthelay. O grupo já despediu 252 trabalhadores, mais de metade da sua força de trabalho. Fala-se que a UBS, principal financiador do grupo, terá cortado todo o crédito. Ou que as instalações industriais actualmente em Genthod, perto de Genebra, serão deslocalizadas para o Luxemburgo (onde está a holding proprietária) ou para a Arménia, país de origem de Sirmakes.
A indústria relojoeira suíça tem evitado a todo o custo o despedimento colectivo (a outra excepção foi a Zenith). O que se pretende é manter uma mão-de-obra altamente qualificada, à espera da retoma. Assim, tem-se recorrido muito mais ao lay-off de tempo parcial. A última empresa a anunciar isso foi a Vaucher Manufacture Fleurier, do Grupo Parmigiani Fleurier (Sandoz): vai reduzir o horário a 250 trabalhadores a partir de Agosto, o que dá uma redução de 30 por cento na produção.
Apesar da crise, ou talvez por causa dela, as estratégias de comunicação das marcas continuam a inovar. A Breitling, por exemplo, lançou agora uma campanha para todos os clubes aeronáuticos suíços: dá pintura grátis a um aparelho, desde que ele “vista” as cores da manufactura. Não há limite para o tipo de avião. E poupa-se entre 5 mil e 20 mil francos suíços em pintura. Em troca, além da imagem, o clube terá que colocar à disposição da Breitling o aparelho em questão, para festivais aéreos. Pode ser que algum clube aeronáutico português esteja interessado. Basta contactar a Breitling, pode ser que tenha sorte.
Novo site de Eric Giroud
Não há conteúdo sem forma. Nascido em La Chaux-de-Fonds, o suíço Eric Giroud é um dos mais conhecidos designers a trabalhar na indústria relojoeira. As suas criações podem ser vistas em relógios Bertolucci, Harry Winston, MB&F, Peter Speak Marin, Tissot ou Universal Genève. Ele acaba de inaugurar um novo site profissional, que vale a pena visitar: ttp://www.ericgiroud.com/
Chegado ao mercado
Meditações - acertar pela meridiana
Je vois beaucoup de monde dans un coin du jardin, se tenant immobile, le nez en l'air. Je demande ce qu'il y a de merveilleux. On se tient attentif à la méridienne: chacun a sa montre à la main pour la régler au point du midi.
Casanova, Memórias, 1750
Casanova, Memórias, 1750
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Chegado ao mercado
Timex patrocina New York Giants
A equipa de futebol americano mais famosa do mundo, os New York Giants, assinou recentemente um acordo com a Timex, para que este fabricante norte-americano de relógios possa usar o seu logotipo nas camisolas de treino dos atletas e dar o nome a um dos seus estádios. Este último, passará a chamar-se, nos próximos 15 anos Timex Performance Center. O logotipo Timex aparecerá também no mais importante relógio do estádio principal, aquele que faz a contagem decrescente para o pontapé de saída, o "Countdown to Kickoff". Segundo o Wall Street Journal, o negócio deverá ter custado 35 milhões de dólares.
A Timex, fundada em 1854, é a principal empresa norte-americana de relógios, e já deve ter vendido ao longo da sua história mais de mil milhões de relógios.
Os New York Giants são a quarta mais valiosa equipa a disputar a Liga norte-americana de Futebol (NFL) e já foram várias vezes vencedores do Super Bowl, a última das quais em 2007.