Alexis Passechnikoff é uma autoridade nacional e internacional em arqueologia e etnografia marítima. Acaba de editar A Agulha de Marear Poveira, obra dedicada a este instrumento náutico e especialmente a dois dos seus artesãos, Francisco Manuel Pinheiro e o filho, Eduardo Francisco Pinheiro,
Investigador autodidacta, Alexis Passechnikoff é um coleccionador - das bússolas, a aprestos da pesca, da arte sacra aos relógios de sol. Foram estes últimos que nos levaram a sua casa, em 2016, para uma reportagem saída no Anuário Relógios & Canetas de 2017, mas já desde uma década antes tínhamos mantido contacto epistolar, que entretanto se transformou em amizade.
Presença habitual nas iniciativas que fazemos, juntamente com a sua companheira, Elisa, Alexis percorre há dezenas de anos os recantos mais isolados do país, à procura do contacto com as comunidades e dos objectos que elas produzem. Mesmo sem ter carro...De uma generosidade infinita, sempre que tem alguma informação que sabe ser do nosso ambito de investigação, apessa-se a comunicar o que descobriu. Como foi o caso do canhão da meridiana dos Clérigos, no Porto, que durante décadas marcou sonoramente o meio-dia da cidade.
Perguntarão - Alexis Passechnikoff? Pois... Filho de mãe belga e pai russo, a família radicou-se em Portugal nos anos 1950, trazida pela oportunidade de dirigir um projecto mineiro no norte do país.
A Agulha de Marear Poveira, extensamente ilutrado, é mais um contributo deste globetrotter inveterado para o conhecimento das artes e ofícios de Portugal.
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