Na “Eva” comparava-se a cozinha moderna a uma “sala de operações”, que, logo à entrada, devia dar a impressão de asseio e nitidez aliada à parte técnica e prática. Devia ser em tom claro e arejada, não muito distante da porta da rua, as paredes em azulejo e o chão em mosaico, tudo lavável. Quanto à iluminação, deveria ter uma lâmpada grande no centro e uma mais pequena junto ao fogão. Por cima da banca de mármore ficavam as torneiras de água quente e fria. O caixote do lixo, que ficaria sob a banca, deveria ter uma tampa. Os armários brancos revestiam as paredes e neles se guardaria a louça e os artigos de mercearia. Produtos, como a carne e o peixe, deveriam estar no frigorífico ou no mosqueiro. Quanto ao fogão, este não precisava de ser muito grande, visto que um pequeno é mais económico. Na escolha da mesa, a preferência recaía sobre a de ferro esmaltado, como mais sólida e higiénica. Para finalizar, um relógio “sempre um nadinha adiantado” por causa das criadas. [242].
[242] Revista “Eva, 6 de Abril de 1940, p. 17.
Tânia Vanessa Araújo Gomes, "Uma revista feminina em tempo de Guerra: O caso da “Eva” (1939-1945), em https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/20487/1/Tese_Vanessa.pdf
Sem comentários:
Enviar um comentário