Fake watches are for fake people
Lançada conjuntamente em Março de 2009 pela Federação Relojoeira Suíça e pela Fundação de Alta Relojoaria, a campanha mundial anti-contrafacção no sector tinha a frase “Fake Watches are for Fake People” (relógios falsos são para gente falsa) como legenda de uma imagem onde aparecia uma mão de um manequim com um relógio falso no pulso.
A campanha foi muito forte durante dois ou três anos, mas foi perdendo força. Apesar de o negócio da contrafacção ter, entretanto, aumentado de forma geral, e particularmente em peças de relojoaria cada vez mais sofisticadas e com preços muito mais elevados.
O mais recente estudo sobre o mercado da contrafacção na Europa revela que mais de metade (52 %) dos europeus inquiridos com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos disseram ter comprado pelo menos um produto falsificado em linha durante o ano passado, quer intencionalmente quer de forma acidental.
Os relógios são a segunda mercadoria mais apreendida nas alfândegas, apenas ultrapassados pelos produtos têxteis. As compras online vieram apenas agravar exponencialmente o problema.
A contrafacção é uma das formas mais utilizadas na lavagem de dinheiro e o crime organizado costuma estar por detrás das redes on e offline que oferecem produtos falsificados.
Comprar um relógio falso é financiar essas redes, que muitas vezes usam o trabalho infantil, não respeitam normas ambientais e destroem emprego legal.
Mas, acima de tudo, saber que se tem um relógio falso no pulso diz muito de quem o usa. As outras pessoas podem não saber, a contrafacção pode ser perfeita. Mas, de cada vez que olha para o pulso, o dono tem de si próprio figura de boneco em montra de boutique de subúrbio.
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