domingo, 20 de fevereiro de 2022

Meditações - vida como um relógio

Passo agora uma existência soberanamente monótona, uma vida marcada a relógio, mecânica e automática, como de uma máquina, oscilando indefinidamente, sem variantes, de casa para a Escola e da Escola para a casa — (...) Acredito porém que isto não durará, não dou para a vida sedentária, tenho alguma coisa de árabe — já vivo a idealizar uma vida mais movimentada, numa comissão qualquer arriscada, aí por esses sertões desertos e vastos da nossa terra, distraindo-me na convivência simples e feliz do bugre.

Euclides da Cunha, carta escrita a Reinaldo Porchat, em Agosto de 1892, aos 26 anos de idade

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