terça-feira, 20 de julho de 2021

Coisas do Ephemera: Quando o tostão era de ouro, o vintém de prata e Herculano jazia em vez de domir...

Evocam-se anúncios que terão feito rir os nossos bisavós. Recordam-se tempos em que o tostão era de ouro e o vintém de prata. E relatam-se as últimas horas de Alexandre Herculano, falecido no ano anterior.

O Núcleo do Tempo do Arquivo Ephemera tem centenas de anuários, nomeadamnte um exemplar para 1878 do Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro, É aliás o seu responsável desde a edição de 1862, António Xavier Rodrigues Cordeiro (https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigues_Cordeiro) quem assina as duas páginas sobre Herculano.

E faz citação do epitáfio que o político, historiador e escritor escolheu para a sua sepultura: "Aqui jaz um homem que conquistou para a grande mestra do futuro, para a história, algumas importantes verdades".

Só que... o "jaz" está errado. A palavra correcta é "dorme", como surge no mausoléu de Herculano que se encontra nos Jerónimos, um projecto da autoria do casapiano Eduardo Augusto da Silva. O desenho original previa-o rodeado de colunatas e tecto, mas não houve dinheiro para tal... Como mostramos, em ilustração de O Ocidente, de 21 de Agosto de 1888.







 

Inscrição no túmulo de Alexandre Herculano, nos Jerónimos. Em vez de "jaz", "dorme"

 

Sem comentários:

Enviar um comentário