sábado, 10 de abril de 2021

A história da loja de furnituras Casa Francesa, no Porto, e do francês Hippolyte André


in Formulário do ourives, relojoeiro, dourador, esmaltador, 1932, de Augusto de Ataíde Moreira, ensaiador de metais preciosos (Biblioteca Horológica de Fernando Correia de Oliveira)

Em História do Tempo em Portugal, 2003, referimos:

Na introdução, o autor diz que a obra “vem substituir o Auxiliar do Ourives e Relojoeiro, edição de 10.000 exemplares feita em 1912, e que depressa se esgotou”. Nunca vimos nenhum exemplar deste Auxiliar.

Quanto ao Formulário, é “a reunião de muitos processos, cálculos e tabelas de utilidade geral e especialmente destinado às indústrias de ourivesaria e relojoaria” e, acrescenta o seu autor, “vinte e quatro anos de prática e dez de laboratório encorajam-nos a publicá-lo”. Para além de indicações sobre ligas, metais e banhos, há indicações de relojoaria propriamente ditas, como sejam os “problemas relativos às quadraturas de relógios”, as indicações sobre “vibrações ou oscilações dos volantes dos relógios” e até mesmo tabelas sobre as “rodagens de relógios decimais”, que como já referimos chegaram a ser fabricados, sem grande sucesso, e que dividiam o dia em 10 horas. 


No final da obra, há uma bibliografia, baseada em sete obras francesas de relojoaria e numa espanhola, ficando a saber-se que tinha sido a Casa Francesa a editar em 1912 o tal Auxiliar do ourives e relojoeiro.

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