segunda-feira, 2 de setembro de 2019
O fim do relógio (barato) suíço? Editorial no Relógios & Canetas online de Setembro
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Editorial
O fim do relógio (barato) suíço?
A Suíça exportava em 2011 cerca de 30 milhões de relógios. Em 2018, ficou-se pelos 24 milhões. Ou seja, em 7 anos, reduziu em 6 milhões, algo como 800 mil em média por ano.
Os números referentes ao primeiro semestre de 2019 são brutais e esclarecedores – exportaram-se menos 1,6 milhões de relógios suíços. O segmento de relógios com preço à saída de fábrica inferior a 200 francos teve uma redução drástica nesse período – menos 26,9 por cento de unidades.
Pelo décimo mês consecutivo, a Suíça viu em Julho o volume de relógios exportados diminuir - só nesse mês foram menos 390 mil peças vendidas ao estrangeiro.
Acentua-se assim, rapidamente, a tendência para o desaparecimento do sector da relojoaria baixo de gama e de moda na indústria relojoeira suíça. O argumento Swiss Made não está entre as preocupações do consumidor típico deste tipo de relógios.
As peças com preço à saída de fábrica superior a 3 mil francos suíços foram o único segmento a subir em número em Julho. Os com preço inferior a 200 francos quebraram 26,9 por cento em termos de unidades. Deste balanço, apesar de tudo, fica um crescimento global do valor das exportações no primeiro semestre, na ordem dos 1,9 por cento. Mas…
Hong Kong, o principal mercado de destino das exportações relojoeiras suíças, quebrou 1,3 por cento em valor em Julho, para um acumulado de menos 5,8 por cento no ano. Dada a situação política e social no território, as perspectivas são sombrias.
Ainda em valor, o Reino Unido, quinto mercado de destino, tem um acumulado positivo no primeiro semestre deste ano - +21,8%, mas a perspectiva de um Brexit sem acordo já começa a fazer-se sentir - 0,4% em Julho face ao mesmo mês de 2018.
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