O Estação Cronográfica perfaz hoje dez anos (dia 12 de Junho de 2009, precisamente às 18h52, era publicado o primeiro post). Ao fim de mais de 30 mil e 200 posts e mais de 4 milhões e 170 mil visitas, numa média hoje superior a 40 mil mensais, reafirmamos a nossa independência editorial e o propósito de continuar a ser "a plataforma" em língua portuguesa no que respeita ao Tempo e aos seus medidores.
O Tempo mexe com tudo e todos, nada do que é Tempo nos é estranho. Ele passa pelos calhaus rolados, arredondando-os até os transformar em grãos de areia; ele assina a sua presença nos limos e outros organismos vivos que as marés vão depositando, ciclicamente, em camadas, nos rochedos da costa. Umas vezes somos mais rochas, a que o exterior se vai colando; outras, mais pedras rolantes, passamos antes pelo que nos é exterior e lá vamos deixando um pouco de nós. Há quem tenha mais de rocha encalhada, há quem seja mais seixo rolado. Mas, a tudo o que está imóvel ou a tudo o que se mexe, o Tempo trata por igual – tanto faz que seja ele a passar por nós ou nós a passarmos por ele.
Escrevemos este texto em nota inicial para o Dicionário de Relojoaria - o Universo do Tempo e dos seus Medidores (Âncora, 2007). Estação Cronográfica sente-se nuns dias mais calhau rolado, noutros mais rocha encalhada, nuns dias trata quase só da espuma dos dias, noutros atende mais à perenidade dos valores e do património. É do equilíbrio entre as duas realidades que procuramos achar a receita para um blog sempre aberto à colaboração dos seus leitores.
Felicidades Fernando! Great blog!
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