Sempre foi sonho do homem viajar no tempo. O livro "Máquina do tempo" do escritor inglês, de 1895, é talvez o exemplo mais famoso das obras de ficção científica que corporizam essa vontade. É tecnicamente muito difícil, talvez mesmo impossível, construir uma "máquina do tempo." Mas os livros, embora metaforicamente, podem ser considerados "máquinas do tempo" no sentido em que permitem enviar mensagens ao futuro. São comprovadamente o melhor meio de enviar mensagens para o futuro. Conforme, tão bem escreveu o astrofísico Carl Sagan, no seu livro "Cosmos," os livros asseguram a "persistência da memória". Não seríamos nunca quem somos se não fosse a memória que eles nos dão do mundo e da humanidade. Tanto na ciência como na arte, os dois partes da vasta cultura humana, há uma "persistência da memória" que permite a ligação ao longo da linha do tempo.
Carlos Fiolhais
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