iva do Tempo, que no Natal, por definição, se faz Graça. Eis então o significado do tempo deste nosso agora: ocasião para uma renovação do olhar, oportunidade para uma nova compreensão, estímulo à revitalização da Esperança, à transformação do agir, à implantação das Obras do Amor. Advento: tempo para agir, na comunhão do Tempo. Afinal, é no Tempo que se abre o Espaço da comunhão, é nele que acontece o Natal – o de Cristo, advento de Deus na História dos homens; mas também o nosso sempre que nos deixamos renascer, sempre que acolhemos o poder, Máximo feito Mínimo, de um Sorriso que não desarma de ser quem é, de nos fazer quem somos, de transformar o mundo e o Universo. A cada Natal, se formos capazes de pensar, poderemos ver de novo diante dos nossos olhos a incomensurável imensidão de um Amor que, sendo Inteligência Pura se faz Carne sem reserva alguma. E se o natal nos advém no fim do tempo que é o advento é porque o tempo precisa de tempo para alcançar a plenitude que sempre se dará no Tempo; dando plenitude ao Tempo, o Advento convida-nos a abraçar o sentido do Tempo. Por isso, neste agora, volta a ser tempo: de advento; de contemplação do Mistério que é o Tempo – tempo do Universo, porque sempre e também nosso.
João J. Vila-Chã
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