As grandes multinacionais da electrónica de consumo - Apple, Samsung, Huawei, etc. - têm-nos ignorado olimpicamente enquanto jornalista especializado em Relojoaria, não se preocupando em partilhar connosco tanto directa como indirectamente (através das agências de comunicação) as novidades que vão apresentando em termos de relógios conectados. Decididamente, não precisam da imprensa especializada em relojoaria para fazer os seus negócios. Mas, significativamente, a Samsung esteve este ano, pela primeira vez, presente na Baselworld, a maior feira de relojoaria do mundo, que se realiza todos os anos em Basileia, Suíça.
Vem este arrazoado a propósito do lançamento do smartwatch Samsung Gear S3 como relógio oficial dos 65 anos da Força Aérea Portuguesa. Soubemos dele através de um post pago da FAP no Facebook.
Como a própria comunicação do produto sublinha, "é a primeira edição no Mundo, de um smartwatch associado à aeronáutica militar, um meio com ligações históricas à relojoaria e à tecnologia". Diz-se que é uma série limitada, mas não descobrimos nessa comunicação o número de exemplares.
Com "mostrador exclusivo, moldura rotativa [luneta] para atender chamadas, altifalante incorporado, GPS integrado, sistema operativo Tizen 2.3.2, Gorila Glass e autonomia para 4 dias, vem com um bracelete de silicone e outro de pele, ambos personalizáveis (gravação a laser da Cruz de Cristo + inscrição (nome, iniciais, número, call-sign…) até ao limite 8 caracteres.
Pode ser comprado online, a pronto ou em 12 prestações mensais sem juros, com entrega grátis ao domicílio. Custava 459,90€ e está agora por "apenas" 359,90€. Como qualquer gadget, ficará obsoleto em pouco tempo. E, a dada altura, não valerá nada. Mas isso já são contas de outro rosário...
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