sábado, 29 de julho de 2017
Relógios & Canetas online Agosto - Editorial
O passado no futuro
Mão amiga fez-nos chegar a imagem de um vinho com o nome “Velhos Tempos”, sabendo da nossa colecção de objectos ligados directa ou indirectamente ao Tempo e à sua representação iconográfica.
No dia seguinte, lá andávamos por garrafeiras à procura de tal objecto, para juntar ao acervo um pouco caótico que vamos juntando. Até agora, não encontrámos o “Velhos Tempos”, mas já colocámos toda uma rede de “colaboradores” em campo…
O que encontrámos foi outro vinho, desta vez o “Testamento”, que nos apressámos a adquirir, para incluir no material que um dia fará parte de um Núcleo do Tempo.
Servem estes dois exemplos vinícolas para abordar uma questão muito diferente – o futuro do relógio mecânico. Por um lado, as imagens do mostrador de um exemplar de mesa ou de caixa alta ou a de um relógio de bolso, projectam património, valor, perenidade. Por outro, falam de passado.
Numa altura em que o relógio conectado está já por todo o lado – dos catálogos de supermercado à publicidade das grandes marcas de electrónica, passando por lojas muito “in” de gadgets – o relógio mecânico, de pulso, ainda tem espaço?
Costumamos dizer que ninguém deixa em testamento aos filhos a última geração de telemóvel (mas poderá deixar os contactos nele contidos…). E que um relógio mecânico, mesmo de preço mais baixo, é sempre reparável e facilmente tem um século ou mais de vida útil. Tem valor estimativo, sentimental, marca etapas e factos de uma ou várias vidas. Tem histórias para contar.
É preciso é que as novas gerações sejam convencidas disso. Com informação clara e em linguagem própria. Para que a relojoaria mecânica não sobreviva apenas em rótulos de garrafas de vinho, imagem projectada do passado, sem futuro…
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