A natureza do tempo varia segundo os objectos considerados pelo nosso espírito. O tempo que observamos na natureza não tem existência própria, é apenas uma maneira de ser das coisas. Quanto ao tempo matemático, esse é inteiramente criado por nós. É uma abstracção indispensável à edificação da ciência. É cómodo assemelhá-lo a uma recta na qual um dos pontos sucessivos representa um instante. A partir da época de Galileu, esta noção substituiu-se pela que é fornecida pela observação directa da natureza.
Alexis Carrel, in L'Homme, cet inconnu , 1935
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