quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Franco Cologni em choque com Jean-Claude Biver - "singular falta de bom-senso"


Estes dois convites escondem "a grande guerra". O Salão Internacional de Alta Relojoaria atrai todos os anos, em Janeiro, a Genebra, milhares de importadores, pontos de venda, coleccionadores, jornalistas... Todos eles parcial ou totalmente pagos pelas marcas presentes no salão, na sua maioria pertencentes ao Grupo Richemont, o maior do mundo em termos de Alta Relojoaria.

Todos os anos, pequenas marcas independentes aproveitam a estadia na cidade deste "interessante" grupo e procuram sinergias um pouco espúrias - realizam exposições em quartos de hotéis, a Franck Muller organiza eventos na sua vizinha Watchland, há tentativas de organização (sem grande êxito) de salões mais pequenos.

O maior grupo de luxo do mundo, o LVMH, tem adoptado a estratégia de alugar salas no hotel onde ficam a maioria dos jornalistas - e as suas marcas Zenith, Hublot e TAG Heuer fazem apresentação de novidades pré-Baselworld, a feira que decorre em Março, em Basileia. Mas, este ano, decidiu alugar um barco e ancorá-lo mesmo à frente dos hotéis onde está instalada a comitiva convidada pelo salão, dando aí uma festa à mesma hora que se realizava a festa de inauguração do salão. E o caldo entornou-se de vez...

Até agora, o Salão Internacional de Alta Relojoaria tem protestado oficiosamente pelo aproveitamento mas, desta vez, oficializou a ira, através de uma carta aberta de um histórico como é Franco Cologni, Presidente Honorário da Fundação de Alta Relojoaria, responsável pela organização do SIHH (acrónimo das iniciais em francês).

Na carta dirigida a Jean-Claude Biver, outro histórico do sector e responsável pelo sector Relojoaria no LVMH, Cologni acusa-o de "singular falta de bom-senso". Leia a carta aqui e uma análise interessante aqui.

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