terça-feira, 15 de novembro de 2016

Meditações - tempo e saudade

Figas ao tempo

Segundo certa versão
que desde logo partilho,
o tempo nasceu já velho
e de gadanha na mão.

Por isso a tudo que é novo,
moderníssimo ou recente,
de pronto lhe mete o dente
com voraz fome de lobo.

Seja pedra dura ou mole,
tudo o seu dente devora
e seu estômago… engole.

Só não reduz… a saudade
que aumentando de hora a hora
quase alcança a eternidade!

João de Castro Nunes

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