domingo, 18 de setembro de 2016

Há 20 anos - surgia a revista Internacional Horas & Relógios


Na Portojóia de 1996, que se realizou de 18 a 22 de Setembro, apareceu junto dos expositores o nº0 da revista Internacional Horas & Relógios, das Edições Pró-Homem (de Eduardo Fortunato de Almeida). Teve como primeiro Director Abel Pinheiro e, depois Cláudia Baptista. A revista viria a desaparecer em 2010, com a falência do grupo editorial de Eduardo Fortunato de Almeida (que editava também a Casa & Jardim, a Homem Magazine ou Relógios de Pulso, entre outros títulos).


Cláudia Baptista

Uma experiência jornalística diferente

Integrada numa rede internacional de revistas especializadas em temática relojoeira, a Internacional HORAS & Relógios nasceu há 20 anos num momento particularmente optimista para o mercado dos relógios, e em que a imprensa em papel gozava os últimos anos de boa saúde. O título, fundado por Eduardo Fortunato de Almeida, sobreviveu doze anos, ao ritmo de publicação trimestral, alimentando a curiosidade de um público interessado em actualizar-se sobre o que se ia passando no meio, sobretudo na Suíça, onde soada a hora do «redescobrimento» dos relógios mecânicos, florescia toda uma cultura em torno da tradição e da técnica.

Como directora e principal contribuinte dos artigos publicados na Internacional HORAS & Relógios tive uma experiência editorial enriquecedora. Por um lado, pela possibilidade de tomar contacto com um universo muito interessante e de características raras, onde arte e design, se cruzam com manufactura e micro-mecânica. E por outro, pela proximidade a um sector dominado pela concorrência, e povoado por profissionais atentos à necessidade de evoluir, onde a inovação e a pesquisa técnica são reais, e o marketing uma ferramenta inevitável e imprescindível.

Na óptica da prática jornalística, a especilização na matéria dos relógios trouxe-me um desafio acrescido – o de observar (e informar) sobre um fenómeno à margem da imprensa tradicional, a que é necessário dar um sentido informativo, separando a informação esclarecedora, com valor para o leitor, da mera propaganda comercial.

Depoimento de Cláudia Baptista para o Estação Cronográfica



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