O Grupo Richemont, o maior do mundo em termos de Alta Relojoaria, anunciou hoje uma quebra nas vendas de 13 por cento a taxas de câmbio constantes e de 14 por cento a taxas de câmbio variáveis no período dos primeiros cinco meses do actual exercício e até 31 de Agosto.
O grupo tem estado a recomprar stocks dos seus pontos de venda um pouco por todo o mundo, especialmente em Hong Kong, dada a falta de escoamento dos seus relógios. Descontando essa recompra, as vendas diminuíram 10 por cento nesse período.
A quebra na Europa, da ordem dos 20 por cento, foi a mais acentuada. Os ataques terroristas em França fizeram diminuir drasticamente o fluxo turístico chinês, grande cliente das lojas de Paris. O sentimento de insegurança também fez diminuir o turismo em cidades como Viena ou Berlim, onde os pontos de venda do luxo estão a ressentir-se fortemente. Em Londres, com a libra a desvalorizar face ao euro devido ao Brexit, o efeito foi contrário, e as vendas aumentaram, mas não conseguiram contrabalançar o quadro geral negativo.
Esse quadro só não é mais negro porque as jóias e acessórios aguentaram bem o ambiente depresivo, mas os relógios sofreram quebras grandes em praticamente todo o mundo. Assim, marcas do portefólio Richemont como Montblanc, Chloé, Azzedine Alaïa e Peter Millar tiveram subida nas vendas.
Perante tudo isto, e despesas de 65 milhões de euros em actos de reestruturação, o grupo Richemont prevê uma quebra de 45 por cento nos lucros nos primeiros seus meses do seu ano fiscal - até 31 de Setembro.
"Não prevemos que o actual ambiente negativo venha a melhorar no seu conjunto nos tempos mais próximo", admite o grupo. "No entanto, a lonmgo prazo, continuamos confiantes nas perspectivas para o luxo e em particular para relógios e jóias".
O poertefólio Richemont inclui mmarcas relojoeiras como Cartier, Vacheron Constantin, Piaget, Jaeger-LeCoultre, IWC ou Panerai, além de outras que vendem relógios mas também outros artigos, como Montblanc. (para saber mais sobre os grupos relojoeiros, vá aqui)
A reunião anual da Compagnie Financière Richemont SA decorre hoje em Genebra e os resultados anunciados vão ser analisados pelos accionistas.
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