quinta-feira, 21 de julho de 2016
Conjuntura - exportações relojoeiras suíças quebram 10,6 por cento no primeiro semestre
A indústria relojoeira suíça enfrentou uma conjuntura difícil durante todo o primeiro semestre de 2016 e a quebra nas exportações, que começou a sentir-se no final de 2015, acentuou-se. O mercado de Hong Kong, principal destino dos relógios suíços, quebrou 26,7 por cento, influenciando fortemente o resultado global. O franco forte, a insegurança e o terrorismo, provocando diminuição e alterações nos fluxos turísticos, também contribuiram para a quebra na procura.
De Janeiro a Junho, as exportações relojoeiras helvéticas totalizaram 9,5 mil milhões de francos, quando nos quatro anos anteriores, no mesmo período, elas tinham ultrapassado os 10 mil milhões. Trata-se de um recuo de 10,6 por cento em valor, comparado a Janeiro-Junho do ano passado. Embora a Europa tenha resistido à tendência no primeiro trimestre, o semestre fechou com praticamente todas as regiões em terreno negativo para as exportações suíças de relojoaria.
As previsões para o ano de 2016 também se degradaram substancialmente. Segundo a Federação Relojoeira, organismo que congrega a indústria helvética do sector, o resultado anual deverá ser ainda mais negativo do que o registado para a primeira metade do ano.
Portugal, 23º mercado de destino dos relógios suíços, importou no primeiro semestre menos 2,1 por cento em valor.
Em volume, a quebra foi de 11,9%. No primeiro semestre, saíram da Suíça 12 milhões de relógios, menos 1,6 milhões que em idêntico período do ano passado. A quebra foi idêntica tanto em relógios mecânicos como de quartzo. Para a quebra no valor, contribuiu largamente a diminuição de 16 por cento nos relógios em metais preciosos. Em aço, a quebra foi de 6,4 por cento.
Do comunicado da Federação Relojoeira:
Les marchés
L’Asie a affiché le repli le plus marqué (12,7%), toujours très influencée par Hong Kong. L’Amérique a vu sa situation se redresser au deuxième trimestre, mais elle est restée clairement négative sur les six premiers mois de l’année (-9,8%). L’Europe a pris le chemin inverse, avec une nette détérioration ces derniers mois, pour terminer à -8,6%.
Avec 17 mois consécutifs de forte baisse, Hong Kong est resté le point noir des exportations horlogères suisses. Durant le premier semestre, elles y ont diminué de 26,7%, pesant lourdement sur le résultat global. Le Japon a constitué une des rares poches de croissance (+2,9%), en raison du début d’année qui a bénéficié d’un effet de base favorable. La tendance des derniers mois est toutefois négative. La Chine (-14,7%) n’a pas montré de signe de redressement, au contraire. Au Moyen-Orient, les Emirats arabes unis se sont inscrits en légère hausse (+2,7%). Les autres principaux débouchés asiatiques ont affiché une baisse.
Après un mauvais début d’année qui joue un rôle important sur la moyenne, les Etats-Unis ont stabilisé leur recul pour indiquer -9,3% entre janvier et juin.
Aucun marché européen n’a échappé à la morosité du premier semestre. L’Italie (-12,6%) et la France (-14,8%) ont été les plus touchées. L’Allemagne (-4,9%), le Royaume-Uni (-5,4%), l’Espagne (-6,1%) et l’Autriche (-2,0%) ont fait mieux que la moyenne, mais sur une tendance en fléchissement marqué.
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