quarta-feira, 4 de maio de 2016

Relógios & Canetas online Maio - Editorial - um ano de Apple Watch


Já está disponível a edição de Maio do Relógios & Canetas online. São 185 páginas inteiramente dedicadas à alta relojoaria, instrumentos de escrita, jóias e outros objectos de luxo. Para ver, vá aqui ou aqui.

Editorial

Um ano de Apple Watch

A 24 de Abril de 2015 a Apple lançava o muito aguardado relógio conectado que, segundo responsáveis da empresa norte-americana, iria acabar com a indústria relojoeira suíça. Um ano após a entrada do produto no mercado, já se poderá fazer um balanço?

A Apple acaba de anunciar, pela primeira vez na sua história, uma quebra nas vendas. Segundo a companhia, tal deve-se à situação económica mundial, admitindo que o seu iPhone decresceu em 16 por cento as vendas. Sobre o Apple Watch, a empresa nunca deu números exactos, mas diz que estão de acordo com as expectativas. O mais que adiantou foi que, no seu primeiro ano, o Apple Watch vendeu mais unidades que o primeiro ano do iPhone. E que deverá ter um comportamento de venda semelhante ao iPod. O Apple Watch acaba de ganhar novas braceletes, coloridas, para esta Primavera.

Segundo o Wall Street Journal, terão sido vendidos até agora cerca de 12 milhões de Apple Watches. Se o número está correcto, trata-se do dobro dos iPhones vendidos no seu primeiro ano. Para um preço médio entre os 450 e os 500 euros, isso significa que a Apple fez entre 5,8 e 6 mil milhões de euros com o novo produto.

Com estes números, a Apple tornou-se no primeiro fabricante de relógios do mundo, em número e em volume de negócios. Até aqui, tinha-se como adquirido que era a Rolex (que também não divulga números) a liderar o sector, com cerca de 800 mil relógios produzidos anualmente e um volume de negócios calculado em 4,5 mil milhões de euros.

A juntar ao efeito Apple Watch há todos os outros relógios conectados que vão surgindo no mercado, com chineses e sul-coreanos a serem outros grandes players. Do lado suíço, estranhamente, a resposta aos smart watches tem sido tímida.

Com as exportações a sofrerem uma quebra desde há um ano, volta a falar-se do espectro “crise do quartzo” II. A ameaça, desta vez, não vem do Oriente, mas antes do extremo Ocidente do continente norte-americano.

Sem comentários:

Enviar um comentário