Tudo quanto em vós vejo, dizer ouso
E tudo quanto escuito, me encarrega,
Té vossos ares sinto já pezados:
A sua clara luz o dia nega,
A noite o seu comum doce repouso
A meus olhos de lágrimas cansados,
Das fontes e dos prados
O puro seu, e o verde
Parece que se perde,
Com mágoa desta minha grave dor,
Sem tempo toda fruita, toda flor
De seu materno galho está caindo.
De mim por onde for,
A fresca primavera vai fugindo.
Diogo Bernardes
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