sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Relógios & Canetas online Fevereiro - Editorial


Já está disponível, aqui e aqui a edição de Fevereiro do Relógios & Canetas online. São 177 páginas inteiramente dedicadas à alta relojoaria, instrumentos de escrita, jóias e outros objectos de luxo.

Editorial:

Recuar aos níveis de 2012

Pela primeira vez desde 2009, as exportações relojoeiras suíças recuaram - o valor total em 2015 cifrou-se em 21,5 mil milhões de francos, menos 3,3 por cento em relação a 2014 e situando-se assim ao nível de 2012.

A Ásia foi a principal região de destino dos relógios suíços, absorvendo exactamente metade do valor da exportação em 2015. Mas a quebra em relação a 2014 foi acentuada (-9.1%). A Europa, contando para um terço das vendas, registou um aumento de 6.1% face ao ano anterior. Já o continente americano começou a reduzir a partir de Setembro as importações, terminando 2015 com uma nota negativa (-1.9%).

Portugal, 24º mercado de destino dos relógios suíços, registou em 2015 um aumento de 1,4 por cento em relação a 2014 - o país importou 145,4 milhões de francos suíços em relógios, contra 143,4 no ano anterior. Mas menos 3,7 por cento que o registado no ano recorde de 2013, quando se importaram relógios suíços no valor de 151,1 milhões de francos. Em Dezembro, e continuando uma desaceleração que vinha desde há meses, Portugal foi o 26º mercado de destino dos relógios suíços, com um valor de menos 13,7 por cento face a mês homólogo de 2014.

Para o comportamento geral, influenciou muito o primeiro mercado de destino - Hong Kong, onde a quebra em 2015 foi de 22,9 por cento face a 2014.

Em termos de volume, a quebra foi menos acentuada - reduziu em 1,6 por cento. Com um total de 28,1 milhões de relógios exportados, desceu-se ao nível de 2013. No total, foram exportados menos 460 mil relógios suíços em 2015, comparado com o ano anterior. Os relógios mecânicos representaram 80 por cento do valor das exportações, caindo em 2 por cento o valor face a 2014. Os relógios de quartzo caíram 9,9 por cento em valor.

A valorização do franco suíço, a crise económica em Hong Kong, a desaceleração no crescimento chinês e as decisões políticas anti-corrupção, as tensões no Médio Oriente, a desvalorização do rublo e o terrorismo são factores apontados pela Federação Relojoeira suíça para antever um 2016 também muito difícil. A isso acrescentaríamos a concorrência dos smart watches e a ameaça de pandemias que possam fazer perigar os fluxos turísticos.

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