quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Conjuntura - Brasil e Angola importam cada vez menos relógios suíços


O Brasil importou em 2015 relógios suíços no valor de 37.5 milhões de francos, contra 44,1 milhões em 2014 (menos quase 15 por cento), confirmando-se a tendência de redução verificada desde 2012, ano recorde e que deixava antever um potencial que nunca chegou a consolidar-se. Impostos elevados sobre os artigos de luxo e a actual crise económica e financeira sugerem um quadro ainda mais sombrio para 2016, apesar da realização dos Jogos Olímpicos, este Verão, no Rio de Janeiro.

Os grandes grupos de luxo, como o LVMH ou o Richemont, mas também o maior grupo de relojoaria, o Swatch Group, fizeram na última década investimentos avultados em boutiques mono-marca tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo, mas o quadro é actualmente de grande pessimismo e o retorno é hoje encarado como quase impossível.

Já Angola, que em 2015 importou 1,5 milhões de francos em relógios suíços, também está em drástica redução - depois de um recorde em 2012, tem sido sempre a diminuir, com 2,4 milhões em 2014. Dificuldade em divisas, impostos e o preço do petróleo dão um quadro negro para o futuro do consumo de artigos de luxo no país.

O Brasil tem 200 milhões de habitantes, 20 vezes mais do que Portugal, que é o 24º mercado de destino dos relógios suíços e registou em 2015 importações relojoeiras helvéticas na ordem dos 145,4 milhões de francos suíços. Ou seja, o mercado português vale quase quatro vezes o mercado brasileiro.

Os dados referidos são da Fédération Horlogere suíça. Veja aqui e aqui a evolução do Brasil e Angola em termos de importação de relojoaria suíça.

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