sábado, 1 de agosto de 2015

Relógios & Canetas online Agosto - Editorial


Já está disponível aqui e aqui a edição de Agosto do Relógios & Canetas online, a plataforma digital em língua portuguesa da alta relojoaria, instrumentos de escrita, joalharia e luxo.

Editorial

Fernando Correia de Oliveira

Apple Watch, o próximo Google Glass?

A Apple anunciou há dias os resultados para o segundo trimestre do ano, com os lucros a aumentarem 38 por cento, mas isso não chegou e os mercados reagiram negativamente, “queimando” em minutos 7 por cento do valor bolsista da empresa, cerca de 60 mil milhões de dólares.

Dizem os analistas que a reacção se deveu ao fraco desempenho dos iPhones, que duplicaram as vendas no mercado chinês, totalizando em todo o mundo 47,5 milhões de unidades, mas abaixo dos 49 milhões previstos. E, perguntará o leitor, o que se passou no primeiro trimestre com a venda do Apple Watch? “Está acima das nossas expectativas”, limitou-se a comunicar o gigante tecnológico.

O Apple Watch será, pelo menos nos tempos mais próximos, uma gota no oceano do negócio da companhia, mas a expectativa criada era grande e o relógio conectado é o primeiro produto verdadeiramente novo da era pós-Steve Jobs.

Se as vendas do Apple Watch (não há data da chegada a Portugal, mas já está em Espanha) tivessem explodido, como previam internamente na Apple, se este objecto tivesse provocado uma onda social semelhante ao iPhone ou mesmo ao iPad, decerto que elas teriam sido publicitadas.

Mas, estranhamente, o Apple Watch começa a parecer-se cada vez mais com um flop. Segundo os analistas, e especulando sobre vendas nos Estados Unidos, o relógio da maçã sofreu uma quebra de 90 por cento desde que chegou ao mercado.

Alguns observam que o iPhone, lançado em 2007, só arrancaria verdadeiramente um ano depois, quando apareceu a App Store, com aplicações para este telemóvel. Passar-se-á o mesmo com o Apple Watch, quando houver mais software disponível para ele?

Ou o Apple Watch será o próximo Google Glass? Lembram-se? Eram óculos que a Google prometia irem modificar o nosso dia-a-dia – asseguravam visão 20/20 e, mediante um simples comando de voz, davam direcções ou faziam mesmo passar vídeos. O produto foi retirado do mercado no início deste ano.

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